Faleceu Francisco Pinto Balsemão, militante número um do PSD, antigo primeiro-ministro e fundador de um grupo de comunicação social. Homem por vezes controverso, mas de um enorme sentido de responsabilidade, teve a ousadia e a coragem de criar um órgão de comunicação social, uma empresa privada, foi gerindo e lutando contra a maré, mostrando que as empresas privadas de comunicação são um dos expoentes máximos da isenção e da credibilidade (óbvio que há sempre exceções, como me todo o lado).
Conheci-o pessoalmente numa das últimas vezes que visitou a Covilhã, por ocasião de um evento que o Semanário Expresso realizou na cidade. Um defensor da comunicação social privada livre, sem amarras, com os seus defeitos (todos temos), mas com visão.
Com a morte de Francisco Pinto Balsemão falo da importância das empresas de comunicação, daquelas que não estão ligadas ao estado, nem a Cooperativas, nem a associações. Falo daquelas que defendem o interesse público e que têm órgãos de decisão próprios. É importante termos jornais, rádios e televisões livres, e por muito que se fale ainda há bons exemplos no nosso país.
Por vezes existem muitas críticas à comunicação social, mas há uma determinada situação que é indesmentível, o que seria da nossa sociedade sem órgãos de comunicação social? Como estaríamos? Como viveríamos? O que seria dos direitos, liberdades e garantias? O problema é que aqueles que mais criticam a comunicação social, são os mesmos que a procuram quando têm um problema para resolver ou quando se querem mostrar, por isto, ou por aquilo.
Sejamos verdadeiros e reconheçamos a importância dos jornais, das rádios e das televisões na sociedade portuguesa. Há pontos a limar certamente, mas quem nunca errou que atire a primeira pedra.
