A sociedade de hoje vive num burburinho inacreditável, e muitas das vezes vive no reboliço das redes sociais e do barulho dos comentários nas mesmas.
Lido diariamente com jovens e pessoas mais idosas e percebo que «a malta nova» passo a expressão tem dificuldades em escutar, vive muito no seu «eu» e não à sua volta.
Sempre defendi as novas tecnologias e as redes sociais, tal como a inteligência artificial, tudo é necessário, desde que com conta, peso e medida. E tudo bem doseado faz falta à sociedade, mas ouvir também é necessário.
O ser humano tende a gostar muito mais de dar opiniões do que de escutá-las. E um dos erros mais habituais é aproveitar o relato de uma pessoa para complementar com uma experiência própria, algo muito distante da definição de “saber escutar”.
Há coisas que não devemos perder, o saber escutar, o fazer bem ao próximo e o saber o que se passa ao nosso redor.
O estrato social não define ninguém, o que nos define é a nossa postura perante algumas situações. Hoje deixo um trecho da parábola do Bom Samaritano, quando um Doutor da Lei perguntava a Jesus o que era necessário fazer para ter a vida Eterna.
«E quem é o meu próximo? Jesus respondeu: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava a viajar, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais. E Jesus perguntou: Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Ele respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai e faz a mesma coisa».
Leia, escute e fale com o coração, sempre percebendo que o estatuto não está no recheio da conta bancária.
Boa semana com boas leituras.