Trago para a Carta da Semana temas reais com gente de carne e osso, muitas vezes para alertar ou para deixar alguns exemplos da vida real.  

Num destes dias fui a uma Eucaristia na cidade da Covilhã, como faço muitas vezes, sou católico e nunca o escondi. Nessa Eucaristia foi-me pedido para ler uma leitura, acedi, como sempre faço. 

No final dessa mesma Eucaristia uma pessoa que também lá estava abordou-me na rua e disse-me que nunca mais deveria entrar assim para uma leitura, nem virar as costas ao altar, disse essa pessoa que não era litúrgico. Ri-me para dentro, mas não disse nada, vinha de uma Missa e calei-me, segui em frente. 

E vi que este é um dos problemas da Igreja Católica a «beatice», o ter a mania de que somos melhores que os outros, e aquele ar petulante e empertigado daquela alma, é o empertigamento que a Igreja não pode ter e que o Papa Francisco lhe quis tirar. A Igreja precisa de todos e mais importante que se é litúrgico, ou não, é se fazemos as coisas com o coração, com bondade. Precisamos de uma igreja peregrina e não bajuladora, uma igreja de ideias novas e não a cheirar a mofo, precisamos de pessoas que vejam a igreja como um bem, como entreajuda, como missão e não como jogos beatéricos. É mais importante a forma como lemos ou como nos comportamos em sociedade? É mais importante se vamos de sapatilhas ou se praticamos o bem?  

Aquele homem não me disse aquilo para me corrigir, mas sim para me colocar para baixo. Aquele homem não me disse aquilo por querer que eu evoluísse, mas por inveja. É tudo o que a Igreja não precisa, é tudo o que não podemos querer, nem na igreja, nem na sociedade. Precisamos de menos «beatice» e mais boas ações. A começar dentro da nossa casa… Fica a dica… 

Boa semana, com boas Leituras…