A polémica da semana passou pelo facto de Rita Matias nas redes sociais e André Ventura no Parlamento divulgarem nomes de crianças de uma escola de Lisboa. Crianças estrangeiras que tiveram direito a uma vaga no pré-escolar, e que segundo o Chega tiraram vagas a crianças portuguesas. 

Vamos por partes. Debitar os nomes das crianças (embora tenha sido apenas o primeiro nome), já é mau, mas pior ainda é o Chega não fazer o trabalho de casa, e não serve só para este tema, mas sim para quase todos. André Ventura debitou os nomes, mas não apresentou factos, nem números, apresentou a sua verdade. Mas mais triste ainda foi que a esquerda caiu na sua “armadilha”. Chorou e apequenou-se e não o questionou. Não lhe perguntou quantas crianças portuguesas estão sem vaga. Quantos pais deixaram de ir trabalhar porque não tinham vagas em creche e pré-escolar, nem lhe perguntou que medidas tinha para colmatar as falhas sem espezinhar os nomes das crianças. 

Esse é o problema, a posição e a oposição não perguntam, não questionam, uns choram, outros calam-se, mas não lhe fazem perguntas difíceis, porque uma coisa já se percebeu quando se fazem perguntas difíceis a André Ventura ele não sabe responder e é exposto, e esta é a forma mais eficaz de desmontar a sua narrativa. 

André Ventura fala no que as pessoas gostam de ouvir, ofereces-lhe um discurso de “el dorado”, mas se lá chegasse fazia o mesmo que Trump, Milei ou Bukel fizeram, que foi precisamente o contrário do que apregoavam, para as pessoas se aperceberem disso, apenas têm de fazer uma coisa: ler mais, ver mais cinema de qualidade e artigos de jornais credíveis, para que se informem e aprendam com a história. 

Uma boa semana com boas leituras!