Serra dos Reis assinala “algumas falhas” no combate aos incêndios na Covilhã
Por Jornal Fórum
Publicado em 02/09/2025 15:30
Política

O vereador da Câmara Municipal da Covilhã, José Armando Serra dos Reis, acusou a Proteção Civil Municipal de ter “andado muito mal” na forma como lidou com o incêndio que afetou o concelho este verão. Num texto enviado às redações, o autarca critica ainda o presidente da autarquia, Vítor Pereira, o chefe de gabinete, Hélio Fazendeiro, e os serviços municipais, a quem responsabiliza por anos de bloqueios às propostas apresentadas durante o período em que deteve pelouros ligados à proteção civil e à floresta.

“Em vez de se dizer de consciência tranquila, o presidente da CMC, o seu chefe de gabinete, Hélio Fazendeiro e os seus assessores, como forças de bloqueio e veto de gaveta, devem um pedido de desculpas públicas às pessoas da Covilhã”, afirma Serra dos Reis.

Entre as críticas, destaca a ausência de investimento na aquisição de viaturas e equipamentos, apesar das verbas do Fundo Ambiental destinadas ao Gabinete Técnico Florestal. O vereador recorda que, há mais de 700 dias, propôs um procedimento para a compra de uma viatura 4x4 e um GPS, que nunca avançou. “Os técnicos municipais quando precisam da viatura ou GPS recorrem a empréstimos de empresas privadas, GNR, Conselhos Diretivos de Baldios… (vergonha das vergonhas para esta Câmara)”, escreve.

Na mesma carta, refere ainda que, em 2020, preparou um plano em parceria com as equipas de sapadores florestais para a limpeza anual das Faixas de Gestão de Combustível, estimado em 400 mil euros por ano, que foi recusado pelo executivo. Critica também o bloqueio ao apoio de 12 mil euros anuais às equipas de sapadores e a recusa da aquisição de máquinas de rasto.

O ex-vice-presidente da autarquia defende que a rede primária de Faixas de Gestão de Combustível é “insuficiente e indevidamente cuidada” e que a falta de reservatórios de grande dimensão prejudica a eficácia dos meios aéreos.

Quanto à resposta ao incêndio de 2025, Serra dos Reis acusa a Proteção Civil de emitir “comunicados alarmistas e erráticos” e de revelar “uma total descoordenação”. Aponta responsabilidades a Luís Marques, responsável pela Proteção Civil, e critica a ausência do presidente da câmara durante a crise.

O autarca defende como solução “implementar um verdadeiro ordenamento florestal” e dotar os serviços florestais e a Proteção Civil de meios humanos e técnicos “que permitam a defesa da floresta, das pessoas e dos seus bens, 365 dias por ano”.

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