Milhares de visitantes, seis novos murais, duas instalações conceptuais e mais de 40 atividades marcaram a 12.ª edição do WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã, que se afirmou mais uma vez como motor cultural e social na cidade.
Durante nove dias de intensa programação, a Covilhã acolheu artistas nacionais e internacionais que intervieram no espaço urbano com obras de grande impacto visual e simbólico. O coletivo espanhol Boa Mistura assinou um mural com mais de 450 m² com a palavra “AMOR”.

Lígia Fernandes resgatou memórias infantis com murais sobre brincadeiras antigas, como “aí vai lenha”, “corrida com arcos” e as “escondidas”. Os murais respondem à reflexão sobre a perda da rua na vida infantil da Covilhã.

Outros destaques incluem os murais de Lidia Cao e Stelios Pupet, que prestaram homenagem ao pintor Eduardo Malta e à figura feminina, abordando temas como persistência, cuidado e devoção à natureza.

Além das criações visuais, o festival WOOL 2025 reforçou a sua dimensão coltural com mini-concertos, concertos, estreias cinematográficas, conversas e uma nova sala própria no Museu da Covilhã. Espetáculos como o de Surma — que apresentou uma residência sonora inspirada na cidade — e Bia Maria, em colaboração com o Coro Viés, apresentaram o disco “Qualquer Um Pode Cantar” e esgotaram por completo a lotação, deixando clara a adesão do público.

A fundadora Lara Seixo Rodrigues destaca que este foi um WOOL “de empatia, de encontro, de partilha e de união na rua”, onde arte e ativismo se cruzaram.
Créditos das Fotografias: Miguel Oliveira