Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Sporting da Covilhã segue em frente, mas precisou de penaltis Voltar

O Sporting da Covilhã viajou até à cidade de Évora para defrontar o Lusitano Ginásio Clube, numa partida a contar para a 2ª Eliminatória da Taça de Portugal.

Num jogo muito dividido, mas que foi o estreante guarda-redes serrano, João Gonçalo, a brilhar entre castigos máximos.

 

À “Inglesa”

Os serranos começaram mais eficazes, mas apenas no passe. Numa estratégia de começar pela defesa, eram os laterais Michel e Tiago Moreira que obrigavam à velocidade de Gildo e João Vasco. Estes últimos eram os responsáveis de entregar a Elijah, mas que esteve sempre muito pressionado, pelos dois centrais do Lusitano.

No entanto, com o correr dos minutos, o jogo foi-se comparando com a meteorologia no Campo Estrela. Passou-se para uma toada mais quente e foi isso que conseguiu balancear a partida.

O calor dentro de campo, não se transformou em golos para nenhuma das equipas. Os serranos mantiveram o contra-ataque pelas alas, já o Lusitano, também a começar pela defesa, apostou mais nas bolas longas para a velocidade de Antony Perez e Sele Davou nas alas.

Foram exatamente estas duas defesas que tiveram muito destaque nesta primeira parte.

 

De jeito algum

As estratégias não mudaram ao intervalo, assim como as peças do xadrez. Foi um prologar do se passou na primeira parte, tanto de um lado com de outro. No entanto, foi exatamente preciso de uma mudança para que o jogo se desequilibrasse.

Chico Cardoso e Diogo Ferreira entraram para o lugar de Gildo e Zé Tiago, respetivamente, e aí sim, houve um grande abalão no Lusitano.

A pressão mais à frente começou a notar-se cada vez mais, com o ponta de lança a marcar fisicamente o jogo, assim como Elijah que agora se perfilava no lado direito do ataque.

Até foi mesmo do recém-entrado avançado a melhor oportunidade do jogo, porque atirou em ressalto com a bola a sair quase em cima da linha e depois ainda tentou depois, mas não conseguiu converter.

Passaram-se os minutos e a bola teimou em não entrar, nem mesmo depois de 120 minutos.

 

Assim se escrevem histórias

Se durante o jogo, João Gonçalo conseguiu ir descansando, nos penaltis foi um herói para os Serranos.

O primeiro colocou, frente a frente, Pedro Casagrande e Raimundo Duarte, que o defesa dos Leões não teve a menor dificuldade.  Seguiu-se Palancha que não conseguiu enganar João Gonçalo. Começava-se a escrever a história.

Mário Borges deu mais dores de cabeça para os alentejanos, depois de marcar também a grande penalidade. Como toda a história, há altos e baixos e o penalti marcado por Juah pode dizer-se que se incorpora muito no último.

Seguiu-se Diogo Ferreira falhou a grande penalidade, chutando por cima da baliza, mas Tiago Correia também não conseguiu bater João Gonçalves, da mesma maneira.

Francisco Cardoso converteu o quarto penalti, num guarda-redes para um lado e bola para o outro. No entanto, Cassiano também conseguiu bater João Gonçalves.

Traquina até podia acabar com o jogo, mas teve menos sorte que alguns dos seus companheiros, atirando a bola contra o poste.

Como último momento de suspense, Lane Nhaga teve pontaria a mais e acertou no poste.

Festejos no campo e em toda a Beira Interior, pois os Serranos foram a única equipa da região a conseguir passar para a próxima fase.

- 26 set, 2023