Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

14º ContraDança: ASTA leva 17 espetáculos a cinco municípios Voltar

Foi no passado dia 13 de setembro, quarta-feira, apresentada a 14ª edição do “ContraDança” – Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, em conferência de imprensa, pela ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes.

Esta edição vai levar a Seia, Fornos de Algodres, Gouveia, Fundão e Covilhã 17 espetáculos, entre os dias 26 de setembro e 4 de novembro, com um orçamento de cerca de 73 mil euros.

O “ContraDança” começa dia 26, em Seia, com o espetáculo de circo contemporâneo “Fuera de stock”, pela mão da companhia espanhola Edu Manazas.

Em 27 de setembro estreia, em Fornos de Algodres, “Desafios (im)possíveis”, criação da ASTA direcionada para o público infantil e com o foco na sustentabilidade e a importância de “reutilizar materiais”, explicou Sérgio Novo.

A companhia Jacuzzi, de Espanha, apresenta pela primeira vez em Portugal, dia 30 de setembro, em Gouveia, o espetáculo de circo contemporâneo “Cia, nimú”.

Durante o festival estão previstas várias atividades paralelas na Covilhã e no Fundão. Destaque para um debate sobre a municipalização da cultura a 3 de outubro na Casa dos Magistrados (com Rui Matoso, Lara Seixo Rodrigues e Victor Afonso), um Mercado Negro na sede da ASTA (de 4 a 14 de outubro) e uma feira do livro de artes ou a exposição “ReciclARTE” na Biblioteca Municipal da Covilhã (de 10 de outubro a 10 de novembro).

De acordo com Rui Pires, diretor do Festival, além da ASTA procurar levar a programação “a vários locais” e de escolher espetáculos “que de outra forma não viessem à região”, existe também a preocupação de ter uma oferta “para várias faixas etárias”.

Enfatizou também que “há uma tentativa de criar públicos e de mostrar outro tipo de espetáculos” e que o principal objetivo do “ContraDança” é “democratizar estes espetáculos mais conceptuais” e “mostrar o diferente”.

Segundo o diretor do festival, a lógica do evento assenta em “proporcionar às pessoas outro tipo de espetáculo, mostrar que há um outro tipo de teatro”, deixando como exemplo as apresentações sem texto, sem uma narrativa linear ou sem uma narrativa fixa.

Sérgio Novo, diretor artística da Associação, sublinhou a preocupação em incluir na programação “o mais alternativo possível” e “continuar a garantir a pluralidade” na oferta, que vai além da dança contemporânea e inclui o teatro, o circo, a música e cruzamentos artísticos.

Realçou ainda que “a palavra movimento esboça todo o esqueleto programático do festival desde a sua origem até aos dias de hoje”.

- 19 set, 2023