Centenário Serrano fechado com gala e sala cheia
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O Sporting da Covilhã terminou, na noite do passado sábado, as comemorações do centenário com uma gala alusiva aos 100 anos do clube, no Teatro Municipal da Covilhã com sala cheia.
Este evento foi apresentado pelos jornalistas da RTP Daniela Santiago e Carlos Albuquerque, naturais da Covilhã, e contou com vários momentos de dança e música ligada ao clube. No final, a Orquestra Ligeira do Exército Português deu um concerto para fechar a gala.
Esta gala foi uma verdadeira montra para todas as distinções do clube.
Distinções
Todas as equipas, da formação aos seniores, receberam a medalha comemorativa do centenário, como agradecimento pela dedicação e como motivação para “continuar no caminho certo”, foi dito na hora de homenagear a equipa sénior.
Foi entregue o prémio dedicação à formação a Carla Canário e Jorge Pais.
O prémio sócio carismático foi entregue a Raul Lopes Andrade, com 90 anos e 73 de associado e a António Alberto Miguel Rodrigues, sócio há 44 anos.
Foi também premiado o Coletivo Wool, Lara Seixo Rodrigues, Pedro Seixo Rodrigues e Elisabet Carceller, pela dedicação à cidade e pelo mural ao centenário do SCC.
O autor da letra e música do hino do clube, Sérgio Gaspar Saraiva, foi outros dos homenageados.
Vítor Cunha, diretor desportivo, recebeu o prémio mérito desportivo, pela “entrega diária e dedicação ao clube ao longo dos anos”.
O atual secretário-geral da direção, Vítor Caetano, foi homenageado pelo profissionalismo com que exerceu os diversos cargos diretivos que ocupou.
Na área média foi distinguido o CHUCB pelo trabalho, em especial durante a pandemia, um prémio entregue ao presidente do Conselho de Administração João Casteleiro.
Galas Anuais
Por fim, José Mendes, presidente do clube, levou o “inaugurado” Prémio Pastor, pelos 19 anos de presidência.
Este que é uma distinção nova e que vai ser instituída nas também elas novas “galas anuais”.
O presidente do clube adiantou que “a ideia é fazer uma gala todos os anos e galardoar os que mais se distinguem dentro do clube”.
Mesmo não adiantando moldes, atirou que “quem estiver depois, faz nos moldes que achar que deve fazer”.
Academia num impasse
Ainda na Gala, presente esteve o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, comentou a atual situação da Academia do clube.
O autarca revelou o impasse do terreno inicial: “Já doamos ao Sporting Clube da Covilhã um terreno, mas mais tarde veio a verificar-se que esse terreno tinha um pequeno enclave de uma antiga doação que a Câmara Municipal tinha feito há muitos anos à Universidade da Beira Interior”.
Contudo, e mesmo que o Reitor Mário Raposo se tenha disponibilizado para “efetuar uma permuta”, “o presidente do clube manifestou a vontade de não construírem naquele sítio, a academia, e que pretende outro”.
“Agora a dificuldade está em encontrarmos o melhor sitio”, complementou.
Vítor Pereira confirmou que é uma verdadeira dificuldade, pois “não são muitos os sítios para o efeito”, mas que, em verdade, “não tem de necessariamente ser dentro do núcleo urbano mais próximo”.
“A tradição dos outros clubes com maior expressão a nível nacional têm as suas academias até bem longe”, acrescentou, dizendo ainda que “é só olhar para o caso do Sporting Clube de Portugal, por exemplo”.
Segundo o presidente do município, “é só encontrar um sítio que a Câmara disponha e que possa disponibilizar ao clube. É questão de irmos conversando, alinhando e vendo alternativas”.
“Acompanho com muita atenção e com muita preocupação esta necessidade que o Sporting Clube da Covilhã tem, de ter uma academia para desenvolver melhor as suas atividades. A minha primordial preocupação é a formação de jovens”, completa.
Confessa ainda que da parte da Câmara, “vamos sempre dar permanente apoio às camadas jovens”, mas também no Estádio Municipal José dos Santos Pinto em “tudo aquilo que do ponto de vista logístico e material, dentro dos parâmetros legais”.
Em termos socioeconómicos, Vítor Pereira admite que “qualquer academia com este âmbito e com um clube com os pergaminhos e história, só pode vir a contribuir para a afirmação, não só do próprio clube, mas também da cidade”.
Por sua vez, José Mendes, presidente do Sporting Clube da Covilhã, confessa que já “há muita coisa pensada”: “Temos de falar com a Câmara Municipal e chegar a um consenso, para que ajudem o clube nessa situação”.
“Ainda não há nada adiantado. Por isso peço que nos ajudem nos próximos tempos para podermos começar a trabalhar”, afirmou ainda.