Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

EDITORIAL: Informar é preciso! Voltar

«Não devemos nunca ter receio do que é noticiado, nem de dar a nossa versão dos acontecimentos, é com informação credível que a comunidade se esclarece e é nesta questão que todos devemos ser intervenientes ativos. O trabalho de informar, explicar, contrapor e debater deve ser um catalisador que nunca deve desvanecer, e é o que aqui continuaremos a fazer»

 

Esta semana uso o nosso Editorial para falar de algumas repercussões que a pandemia tem trazido à vida das populações, nomeadamente no que diz respeito à saúde e à educação. Desde que esta pandemia tem feito parte das nossas vidas, existem locais onde a insuficiência dos serviços se fez repercutir e as denúncias feitas junto de nós por alguns Leitores, fez-nos investigar algumas situações, pois a essência do jornalismo regional é o serviço público e a ajuda na resolução de problemas. Por isso esta semana fomos junto dos responsáveis do Centro de Saúde da Covilhã e da Universidade da Beira Interior verificar alguns dos reparos que nos chegaram. E aqui tenho de fazer duas considerações. Elogiar a pronta resposta tanto da Universidade, como da Unidade de Saúde Familiar da Covilhã que explicaram ambas as situações, mostrando os seus pontos de vista, e no caso da USF explicando até o porquê da situação do não atendimento dos telefones e a garantia que as consultas presenciais sempre foram realizadas aos seus utentes. Já o Centro de Saúde da Covilhã não atendeu as dezenas de chamadas efetuadas, nem respondeu ao e-mail que lhe foi enviado a dez dias do fecho desta edição. É pena, até porque as respostas e os esclarecimentos são necessários para a comunidade, e os meios de comunicação social são o elo de ligação, os que fazem a ponte entre instituições e comunidade.

Colocado isto, entendemos que é necessário que encaremos a Covid-19 de uma forma responsável, sem alarmismos, mas procurando a resposta necessária para que a normalidade dos serviços se imponha. É esta normalidade que necessitamos, para que se consiga garantir a segurança e a prestação de serviços. Sou daqueles que não defende o fecho do país, nem dos seus serviços, pelo contrário, defendo a tomada de medidas preventivas e de segurança, para que todos os serviços na saúde e no ensino sejam prestados a todos e para todos.

Não devemos nunca ter receio do que é noticiado, nem de dar a nossa versão dos acontecimentos, é com informação credível que a comunidade se esclarece e é nesta questão que todos devemos ser intervenientes ativos. O trabalho de informar, explicar, contrapor e debater deve ser um catalisador que nunca deve desvanecer, e é o que aqui continuaremos a fazer.

Quanto mais debate e informação houver, melhor para as comunidades e também para a Democracia. Informar bem é imperioso, principalmente em época de pandemia.

- 13 out, 2020
- Vítor Aleixo