Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

EDITORIAL: Incêndios florestais: mais criminalização e prevenção Voltar

«O que nos parece é que andamos durante todo o ano sem nada fazer, e depois chega julho, agosto e setembro e as situações acontecem de forma indiscriminada. Não pode continuar a haver penas suspensas para quem ateia fogos, nem podemos deixar que cadastrados com estes crimes andem por aí nesta época (principalmente)»

 

Os incêndios florestais têm novamente assolado o país e a nossa região, em particular no concelho de Oleiros, onde já se registou uma vítima mortal e alguns feridos. Ano após ano repetimos sempre o mesmo, opinamos e damos alguns tópicos do que deveria mudar. Mas também de ano para ano verificamos que o que se passa é mais do mesmo, nada muda em termos legislativos e os incêndios florestais continuam a colecionar vítimas, principalmente pessoas que têm os seus bens de uma vida e os perdem numa fração de segundos.

O aumento da criminalização para estes delitos será essencial para que consigamos diminuir este flagelo, não podemos continuar a assobiar para o lado, nem fingir que nada acontece. O que nos parece é que andamos durante todo o ano sem nada fazer, e depois chega julho, agosto e setembro e as situações acontecem de forma indiscriminada. Não pode continuar a haver penas suspensas para quem ateia fogos, nem podemos deixar que cadastrados com estes crimes andem por aí nesta época (principalmente). Temos que fazer cumprir a lei e apostar ainda numa maior sensibilização junto das populações. Mais ações de fiscalização e de limpeza, nomeadamente junto das entidades públicas que muitas das vezes não dão o exemplo da limpeza dos seus próprios terrenos, enquanto assim não for continuaremos ano após ano a ter problemas deste género. Continuarão a morrer Bombeiros e a arder casas e terrenos, e animais, e as coisas de uma vida.

Há que atuar e fazer respeitar a lei, custe a quem custar, doa a quem doer.

Neste Editorial queremos ainda deixar uma palavra de apreço a todos os Soldados da Paz àqueles que lutam no terreno para salvar pessoas e bens e que na maioria das vezes arriscam a sua Vida para salvar a dos outros.

Haja respeito e mão pesada para quem prevarica, só assim poderemos ter  a possibilidade de no futuro não estarmos sempre a passar por este género de calamidade.

- 15 set, 2020
- Vítor Aleixo