Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

CooLabora continua trabalho para combater violência doméstica em tempo de pandemia Voltar

 

APOIO. CooLabora continua a apoiar vítimas de violência doméstica nesta época mais difícil para todos. O Jornal Fórum Covilhã deixa-lhe algumas formas de contacto que podem ser utilizadas

 

O Jornal Fórum Covilhã falou com Graça Rojão, uma das diretoras da CooLabora e abordou o tema da violência doméstica em época de pandemia. A responsável relatou como tem sido monitorizado todo este processo. “O acompanhamento está a ser realizado com muita atenção, até porque o confinamento pode agravar as situações de violência doméstica, colocando em perigo sobretudo mulheres e crianças. A nível nacional, a Rede de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica está a funcionar maioritariamente em teletrabalho e continuam a existir linhas telefónicas como o 800 202 148 (linha nacional de informação a vítimas de violência doméstica) e o 144 (linha nacional de emergência social). Para fazer face a situações em que a vítima não pode pedir ajuda oralmente foi lançada a linha de SMS através do número 3060, que é gratuito, confidencial e não deixa qualquer vestígio na fatura. Existe ainda o endereço de e-mail violencia.covid@cig.gov.pt. A nível local, a CooLabora, através do seu Gabinete de Apoio a Vítimas tem privilegiado o atendimento telefónico através da linha de emergência 963603300, por e-mail através do endereço apoiovitimacoolabora@gmail.com e por videoconferência. Só em situações extremas é feito atendimento presencial”, afirma.

Quanto aos números a nível local, Graça Rojão refere que ainda “não é possível fazer uma quantificação exata”. “Neste momento não há dados que permitam avaliar o número de casos na região com rigor e o isolamento iniciou-se há apenas 3 semanas. No entanto, através da nossa linha de emergência temos recebido entre 10 a 20 chamadas diárias o que, apesar de tudo, não significa um aumento dos números que habitualmente registamos. Se o país em geral e a nossa região em particular seguirem as tendências apontadas em outros países, admitimos que a curto prazo possa ocorrer uma explosão do número de casos”, refere.

Nesta área de intervenção a CoLlabora tem alguns projetos específicos e que têm dado frutos ao longo do tempo. “A CooLabora continua a assegurar o funcionamento diário do Gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, embora de forma adaptada ao cenário de emergência nacional e a promover a articulação com as entidades da Rede Violência Zero dos concelhos da Covilhã, Belmonte e Fundão. O projeto Rasgar Silêncios continua a receber cartas e outros registos escritos de sobreviventes de violência, sob o lema “a escrita transforma” e lançou uma campanha através de um formulário google disponível em https://forms.gle/DLqWH8BS9qihBWWT6 que permite às pessoas escreverem e partilharem as suas histórias de violência, em condições de absoluto anonimato”, frisa a dirigente.

O Jornal Fórum Covilhã deixa ainda algumas formas de contacto que as vítimas de violência doméstica podem utilizar: As formas de denúncia continuam a ser as mesmas: Presencialmente em qualquer posto territorial da GNR ou esquadra da PSP; Por telefone para as forças de segurança (PSP Covilhã – 275 320 920; GNR Covilhã – 275 320 660; GNR Belmonte – 275 910 020; GNR Fundão – 275 759 030); Para a linha de emergência da CooLabora 963603300 (chamada ou SMS); Por e-mail apoiovitimacoolabora@gmail.com ou pelos contactos nacionais acima descritos (800 202 148, violencia.covid@cig.gov.pt, SMS 3060).

- 08 abr, 2020
- Vitor Aleixo