Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Em Trânsito: Festival de artes performativas apresentado Voltar

A Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã apresentou no passado dia 11 de outubro, quarta-feira, o cartaz da 4ª edição do “Em Trânsito”. Este festival de artes performativas vai passar-se entre 19 de outubro e 17 de novembro na Covilhã, Peso, Paul e Tortosendo com um programa de espetáculos, sessões de contos, oficinas e conversas.

Tem início com duas sessões do espetáculo de dança CORPO-MAPA-LIVRO de Marina Nabais, a 19 de outubro, uma peça que vem desarrumar a Biblioteca Municipal da Covilhã num diálogo entre dança e livros, para turmas do 2ª e 3º ciclo do Ensino Básico.

Segue-se a 20 de outubro a OFICINA DESCOBERTA DO LIVRO, para miúdos e graúdos, em família ou entre amigos, também na Biblioteca Municipal da Covilhã, pelas 15h00. Nesta oficina, que instiga à descoberta de novas experiências de leitura através do contacto direto com os livros, as artistas Mariana Nabais e Joana Pupo, levam, de uma forma lúdica, as pessoas participantes a explorar o livro enquanto objeto vivo e mutável sujeito a múltiplas formas de abordagem.

Silvia Pinto Ferreira, diretora artística da associação, revelou que, depois de três edições “experimentais”, este festival apresenta 13 atividades artísticas “para todas as idades” entre espetáculos, sessões de contos, oficinas e conversas.

Destacou ainda que “para envolver os públicos infantojuvenis e as populações com menos acesso às atividades artísticas, levamos esta programação a espaços não convencionais, na cidade e nas vilas e aldeias do concelho, que também não têm auditórios para receber estas atividades”.

“As atividades adaptam-se a estes lugares, como as escolas, a biblioteca, o café e o salão comunitário”, sublinhou.

A diretora afirmou ainda que ambiciona também que as pessoas que já vão aos teatros se possam deslocar também, com este movimento de sairmos do centro urbano da cidade, e que aconteça assim um cruzamento de diferentes públicos”.

Disse ainda que o festival “aborda conteúdos pedagógicos e com dimensões cívicas criados por artistas com trabalho reconhecido na área da formação e mediação artística”.

“Apresentamos também outras atividades que favorecem um ambiente mais descontraído e divertido também dirigidos a adultos”, complementou Silvia Pinto Ferreira.

Este festival, segundo a diretora, “desafia públicos, miúdos e graúdos, para atividades artísticas que aliam o lúdico ao estilo da imaginação e do pensamento. Desafia também a descobrir diferentes modos de criação e apresentação de artes performativas, pela sua originalidade, formatos ou conteúdos”.

“Enquanto programação que se dirige à formação e mediação de públicos de todas as idades o festival entende como novos públicos pessoas ainda pouco familiarizadas com as linguagens destas artes, mas também todas aquelas que desejam alimentar a sua curiosidade e entusiasmo pelas artes em geral”, complementou.

Esta é também a primeira edição com uma “identidade visual”, desta feita desenhada por Raquel Fradique. Vai ter também um orçamento de cerca de 16 mil euros.

- 19 out, 2023