Serranos voltam a casa e voltam às vitórias
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O Sporting da Covilhã voltou este fim de semana a casa, mas também às vitórias, frente ao Oliveira do Hospital e de que maneira. A perder por duas vezes, e sem Alex Costa [vermelho frente ao Lusitano de Évora] no banco, os Leões da Serra viram um “Super” Traquina entrar ao intervalo e virar o jogo.
Encostar, sofrer, desesperar
Estádio composto, tempo solarengo, uma equipa motivada pela classificação na Taça e fator casa. Estavam reunidos os ingredientes para uma boa tarde de futebol para o Sporting da Covilhã.
Entraram muito fortes e sem dar azo para que os jogadores do Oliveira do Hospital conseguissem respirar. Encostados às cordas, os visitantes só tinham mesmo possibilidade de defender e tentar contra-atacar.
Contra esta corrente, e fruto de uma das muitas tentativas de atacar, ao minuto 24, Zacarias pegou na bola perto do meio-campo e fintou meio mundo, sentando Casagrande pelo caminho, e a bola só parou lá dentro.
Um golo que muito abalou o psicológico dos Serranos, que a partir daqui começaram a permitir muitas investidas dos homens adversárias.
Até ao intervalo, foi um desespero.
Banco de Ouro
Voltou-se ao relvado e saltaram do banco três caras. Tiago Moreira para a lateral, Traquina para extremo direita e Diogo Ferreira para dar novas ideias a um ataque já muito previsível.
Novos ares que prontamente deram resultado. Ao minuto 51, Elijah fez o que queria com o lado esquerdo do Oliveira do Hospital, encostou-se à linha final e passou para o coração da área, que encontrou Traquina que só teve de encostar.
Explosão de alegria no estádio, agora mais cheio, que também não durou muito tempo.
Casagrande confirmou um jogo para esquecer. Cometeu uma grande penalidade, ao minuto 55, que Daffé atirou quase para fora do estádio. Depois, ao minuto 61, continuou a desastrosa exibição com um auto-golo, após cruzamento de Rivaldo Morais.
O estádio gelou, mas Opeyemi veio dar um calor extra e combustível para a reviravolta. Entrou aos 67’ por Rodrigo Ferreira e teve logo impacto ao minuto 73. Excelente jogada de Elijah pela esquerda que fez um passe milimétrico para o nigeriano mais jovem empatar a partida.
Os adeptos queriam mais e ainda faltavam muitos minutos para dar a volta. Efusivos pediram e Traquina aceitou de bom grado, já perto do final da partida.
Numa jogada “à Ronaldo”, fintou dois adversários e atirou a contar para rebentar com o estádio. Adeptos em êxtase, banco louco nos festejos e, claro, todo um XI abraçado. Verdadeira festa no Municipal José dos Santos Pinto.
Até aos momentos finais, não houve quem segurasse os adeptos, mas o Oliveira do Hospital ainda tinha algumas palavras a dizer. Contudo, nenhuma delas foi eficaz frente a uma defesa que conseguiu mostrar-se à altura para as várias investidas.