“A Refood é toda a comunidade, são os restaurantes, as mercearias, padarias, que são os nossos parceiros”
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Márcio Gomes e Maria da Luz são ambos Coordenadores Locais da Refood Covilhã desde o seu início.
A coordenadora explica como foram os primeiros passos da Refood nesta cidade: “Houve um grupo de cidadãos que tiveram conhecimento da Refood em Lisboa e com vários contactos com o Hunter Halder [fundador da Refood] conseguiram trazer o projeto para a Covilhã”.
O coordenador local fala sobre a missão deste projeto e salienta que a Refood tem um propósito que o agradou desde cedo: “Estamos a recolher alimentos que se encontram em perfeitas condições que estão a ser deitados fora”.
“No melhor dos casos iriam para os animais e com isso estamos a alimentar de quem mais precisa”, acrescentou.
Em 2018 fez-se uma remodelação ao centro de operações, “com o apoio de várias empresas particulares que fizeram donativos monetários e materiais, tudo comunidades do concelho da Covilhã”, e com isso, foi possível “reabrir o centro com outras condições”. Hoje este espaço tem 300 m² “com quadro elétrico pronto para tudo” algo que satisfaz Márcio Gomes.
Quando questionado acerca do voluntariado no interior ou na cidade da Covilhã, Márcio Gomes diz que é “uma pergunta difícil”, pois na altura do verão há menos voluntários na Refood, “pois há muitos que estudam” principalmente na Universidade da Beira Interior, por isso considera que “é uma luta diária e também sazonal”.
Atualmente são aproximadamente entre 130 e 140 voluntários, porém, “já fomos 168 voluntários, mas hoje somos menos. Houve voluntários que no mês de agosto deixaram de estar na Covilhã, ou deixaram de ter disponibilidade “, esclarece.
Para Márcio Gomes, este trabalho tem de ser em conjunto salientando que o trabalho que tem vindo a ser feito tem de continuar: “A Refood é toda a comunidade, são os restaurantes, as mercearias, padarias, que são os nossos parceiros e que nos entregam os seus excedentes alimentares”.
Márcio Gomes faz um apelo à comunidade covilhanense para que sejam membros ativos da Refood. Para além disso, também pretende “angariar novos parceiros e, finalmente, voluntários com viatura própria”, pois a Refood ainda não tem transporte, conclui.