Covilhã recebeu 40 artesãos de todo o país, mas também viu o que se faz lá fora
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A Feira Internacional do Artesanato e do Design (FIADA) foi inaugurada na passada quinta-feira, dia 31, no Jardim das Artes da Covilhã, com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, e do Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda.
O autarca destaca que aquele primeiro dia já tinha começado há “muito tempo”: “É com grande satisfação que temos aqui 40 artesão. Tenho de os salutar de forma efusiva por virem ao nosso encontro, por terem vindo mostrar o melhor das suas terras”.
“Na verdade, representam a história, a realidade e os costumes dessas mesmas terras. Este intercambio pretende enriquecer a nossa cidade criativa”, acrescentou.
Vítor Pereira destacou ainda que os artistas não são apenas da região, mas que “falamos todos a mesma língua, a da cultura, a do design, que são um forte elo de ligação a todos nós”.
Destacou Brasília e Fortaleza, Idanha-a-Nova e Castelo Branco, dizendo ainda que, relativamente a esta última localidade, “já lá vai o tempo em que havia grandes e acentuadas acrimónias entre as duas cidades”.
“Não há melhor forma de combater essas incompatibilidades, mais aparentes que reais, do que estarmos aqui reunidos”, complementou.
De relembrar que Castelo Branco ainda não é Cidade Criativa da UNESCO, mas que a candidatura está bem encaminhada por parte do município albicastrense, tendo aqui mais uma plataforma de apoio, segundo o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques, em exclusivo ao Jornal Fórum: “Neste momento, falta apenas a chancela”.
Passando a palavra a Nuno Fazenda, o Secretário de Estado sublinhou a cooperação entre os municípios, portugueses e não só: “Isto é um sinal de como é possível trabalhar em rede, entre diferentes municípios. Temos aqui municípios vizinhos, mas também do Norte e isto é um testemunho muito importante”.
“O Turismo tem vindo a crescer. Estamos perante o melhor semestre de sempre da história do Turismo. Isto significa que queremos continuar a crescer, mas sobretudo crescer bem. Com sustentabilidade, com autenticidade e em todo o território”, afirmou ainda.
Nuno Fazenda realçou ainda os apoios e campanhas do governo para o Interior, pois “queremos crescer em todo o interior”. Contudo não deixou a feira de lado: “A FIADA é um evento muito importante, porque permite potenciar o artesanato, as artes e os ofícios tradicionais e a arte no geral. É importante saudar todos os artistas aqui presentes, porque são eles que podem transformar aquilo que é a tradição únicos e distintivos”.
“Aqui também encontramos a tradição e a inovação. A preservação dos nossos valores culturais e patrimoniais que tem a ver com o nosso território e dar-lhe a contemporaneidade. Isso é importante no Turismo e no Comércio”, complementou.
Enalteceu ainda a cidade a sua visão, já que “foi mais longe” e “não se ficou apenas pelos recursos endógenos, mas também por artistas de várias partes do país e também lá de fora”.
“Isso é muito importante, porque abre as portas da Covilhã, da região e do Interior ao Mundo”, concluiu.