CACB e Sociedade Portuguesa de Hipertensão assinam protocolo de cooperação
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Foi na passada sexta-feira assinado o protocolo de acordo de colaboração em torno da “Missão 70/26”, na Sala da Direção da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, entre o Centro Académico Clínico das Beiras e a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).
O Professor Doutor Miguel Castelo-Branco, da Universidade da Beira Interior, afirma que é uma “iniciativa louvável” da SPH para “congregarmos esforços e nos associarmos, aqui na nossa zona, o interior centro, através das instituições envolvidas, tomar medidas adicionais para poder verificar e garantir que este objetivo é concretizado”.
No fundo, para ajudar a chegar ao objetivo da missão, ou seja, “que em 2026, nós temos 70% dos doentes com hipertensão controlados”.
“Sentimos que há aqui uma necessidade de melhorar as medidas, no sentido de aumentar o conhecimento. Esse é aspeto importante”, complementou Miguel Castelo-Branco, dizendo ainda que “as pessoas têm de saber que única forma de identificar se têm hipertensão é medindo a pressão arterial. Não é só chegar à máquina e meter o braço, bem pelo contrário. Há que cumprir um conjunto de condições para garantir que o valor é fiável”.
Já a Doutora Rosa de Pinho, da SPH, atira que “apesar dos excelentes fármacos” a taxa de controlo continua baixa: “O objetivo aqui é ver se conseguimos melhorar isso, mesmo que pareça ambicioso, para quem ouve”.
Relativamente aos profissionais de saúde, foi criada uma plataforma “onde qualquer profissional se pode inscrever”, de acordo com a Doutora: “Neste momento já temos à volta de 5 100 inscritos, onde temos profissionais das mais variadas especialidades que estão motivados e todos concordam que temos de fazer alguma coisa nesta área. Só se todos trabalharmos juntos é que vamos conseguir alguma coisa”.
“No fundo, já começámos esta parceria. No dia da Hipertensão, em Castelo Branco organizámos várias atividades presenciais como os rastreios. É preciso que todas as pessoas estejam sintonizadas para mudar este problema. Precisamos que as pessoas sejam sensibilizadas para este problema”, atirou a Doutora.
Para terminar, confessou que “estas parcerias são importantes, porque não conseguimos chegar a todos os profissionais e a toda a comunidade”.
“Precisamos de replicar tudo o que estamos a tentar fazer em vários pontos do país e sabemos que esta zona já se faz muito esforço e há também muitas lacunas inerentes ao nosso Sistema Nacional de Saúde”, complementou.
O Centro Académico Clínico das Beiras é um consorcio que associa as escolas superiores de saúde da Guarda, Castelo Branco e Viseu, assim como a Universidade da Beira Interior, o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, o Centro Hospitalar de Tondela e Viseu e as Unidades Locais de Saúde da Guarda e Castelo Branco.