Mais uma vez tenho que voltar a um tema que nos é «caro», que nos preocupa e pelo qual vamos continuar a pugnar.
Na última semana o programa Hora da Verdade debateu mais uma vez o tema dos transportes e da mobilidade na cidade da Covilhã. Chegaram à nossa redação, embora de forma «semianónima» algumas críticas de elementos afetos à Transdev de que “estamos a falar sempre do mesmo” e que “se faz uma dura crítica destrutiva ao plano de mobilidade”.
Fui também abordado por dois motoristas da empresa que com ar indignado me confrontaram com o facto de termos dito no programa que “houve utentes que foram maltratados à porta do autocarro”. Sim, dissemos, foram dois casos, um presenciado pelo professor António Assunção e outro presenciado por mim próprio. Não quisemos com isto ofender os motoristas, mas sim, chamar atenção de um facto que vimos, no meu caso contra uma pessoa frágil e vulnerável.
Como diretor deste Jornal e Rádio defendo que os órgãos de comunicação regionais devem fazer jornalismo com isenção e verdade, mas nunca devem deixar de defender as populações e a região, foi o que fizemos. Aliás ficamos contentes que depois do programa A Hora da Verdade se começasse a pensar em abrir o Silo do Sporting, a saírem os valores dos tarifários e a serem prestados esclarecimentos aos utentes, o que até ai não tinha sido feito.
Agora de uma coisa podem ter a certeza: Enquanto houver filas intermináveis para tirar os passes vamos voltar ao tema; enquanto houver aumentos de preços em cerca de 35% nas viagens de bordo vamos voltar ao tema; enquanto não abrirem todos os estacionamentos vamos voltar ao tema; enquanto houver autocarros que não tenham condições para os deficientes vamos voltar ao tema; enquanto houver autocarros velhos e não chegarem os novos como prometido vamos voltar ao tema; em suma enquanto entendermos que as coisas não estão bem vamos sempre voltar ao tema; a este e a outros...
Custe o que custar, doa a quem doer, a comunicação social regional tem que estar do lado das Pessoas, e aqui no Hora da Verdade, tal como noutros programas, como no Jornal vamos continuar a fazer serviço público