Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

É possível agradar a «gregos e a troianos»? Óbvio que não… Voltar

Na sociedade de hoje há diversos temas que poderíamos aflorar, e até referir, mas entendi falar num dos problemas que se abatem sobre as sociedades modernas de todo o Mundo.

Hoje pensei escrever algo mais amplo e abordar um tema de interpessoalidade.

É possível agradar a gregos e a troianos? Trocando por miúdos, será possível querer agradar a toda a gente ao mesmo tempo?

Muitas vezes até podemos tentar, até podemos querer enganarmo-nos a nós próprios e tentar fazer uma «jogada de bastidores», mas é impossível, pela simples razão de que não é possível agradar a toda a gente, a toda a hora e a todo o momento, mas de preferência e se quisermos ser coerentes deveremos estar do lado da bondade e do bom coração.

Porque se quisermos agradar a gregos e a troianos, acabamos por estar do lado do bom, mas também do mau, acabamos por estar do lado da injustiça, e do lado da justiça, acabamos por estar do lado dos coerentes, mas também dos incoerentes, acabamos por estar do lado da verdade, mas também da mentira. Da fidelidade, mas também da infidelidade, dos sérios, mas também dos desonestos.

Em suma, se quisermos agradar sempre a gregos e a troianos, acabamos por não ser nada, por não ter opinião, por andar ao sabor do vento, por sermos «cata-ventos de nós próprios». Os que querem optar por esta máxima quebram a sua personalidade, e no final, lá no final acabam por não agradar a nenhuns. Nem a eles próprios.

Porque na vida temos que tomar opções, temos que estar de um lado, e muitas das vezes só de um lado, bem ou mal temos que fazer opções, até podemos falhar, até podemos errar, isso é Humano, acontece. Mas tomar uma parte é sinal de caráter, de personalidade, de ter opinião própria e de não andar ao sabor das ondas, como quando andamos na praia.

Fica a reflexão…

- 30 mai, 2023