Servir as pessoas com proximidade
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Na passada semana o «quartel general» do Governo mudou-se para o distrito de Castelo Branco durante três dias. Tudo muito bem, louvamos a iniciativa e pensamos até que se deveria repetir mais vezes. É importante que os governantes estejam junto das pessoas e sintam os seus problemas. O problema é mesmo esse, é que os governantes vão aos diferentes distritos, mas não estão com as pessoas. Visitam obras, as autarquias, assinam protocolos, mas estão pouco no terreno. Saem do gabinete, mas nãos saem. Mudam de ares, mas não vão ter com o povo, com aqueles que os elegeram e que lhe deram a oportunidade de nos governar.
Os governantes não são nada sem o povo, pois é o povo que alimenta o estado, e o Estado é que tem de servir o povo.
Sempre achei que é necessário cada vez mais ouvir as pessoas, as suas preocupações. Os professores, os sindicatos, as Plataformas, os reformados, os pobres, os ricos, os empresários e as associações. Sei bem que em três dias isso não se faz, mas durante os quatro anos de mandato pode fazer-se. Podemos descentralizar. Podemos inovar, fazer melhor e diferente.
Os governantes não podem assobiar para o lado quanto aos problemas das pessoas, e têm que intervir, agir e tomar medidas, fazer com que estas saiam do papel. No nosso caso, o Interior do país necessita de medidas concretas, precisa de apoios, tem necessidade de reforço nos seus serviços para atrair gente, para fixar jovens, para dar qualidade de vida aos idosos,
para ajudar os empresários e atrair os turistas.
A política é um ato nobre, um ato de servir os outros, de os ouvir e é essa a obrigação de qualquer governar. Ouvir o que quer e o que não quer, os elogios e as críticas, mas ao fim do dia sentir que serviu o povo. É assim que deveria sempre ser…