Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XII
Nº: 626

Ministério Público arquiva inquérito aos estudantes indianos no IPG Voltar

O inquérito que o Ministério Público abriu à vinda de estudantes indianos para o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foi arquivado por não se terem verificado indícios dos crimes de falsificação de documentos e auxílio à emigração ilegal segundo uma nota informativa.

“Concluo pela insuficiência de indícios quanto à verificação dos crimes em investigação”, escreveu o procurador responsável pelo inquérito no seu despacho de arquivamento.

O magistrado escreveu ainda que, “os elementos documentais juntos e analisados e os depoimentos das testemunhas resultam como razoáveis e fundados os argumentos que estiveram na base da celebração do protocolo estabelecido entre o Instituto Politécnico da Guarda e Perfect Overseas Education Consultancy”.

Segundo o presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas: “com os termos deste arquivamento, a justiça portuguesa reconhece explicitamente, com todas as letras, que o procedimento do Politécnico da Guarda foi inatacável, visando apenas trazer alunos estrangeiros para frequentar os seus cursos e, também, para animar social e economicamente as cidades de Seia e da Guarda”.

“É lamentável que denúncias anónimas e infundadas feitas a partir do próprio IPG tenham impedido 70 alunos indianos, que já tinham pago as propinas de um ano inteiro, frequentassem os cursos na Guarda e em Seia”, acrescenta Joaquim Brigas.

“O IPG teve de devolver cerca de 100 mil euros que já tinha recebido: mas o pior foi terem ficado por preencher vagas em Seia, em cursos de turismo, e na Guarda, em algumas engenharias que têm poucos candidatos nacionais”.

Apesar da impossibilidade de trazer estes alunos indianos para o presente ano letivo, o presidente do Politécnico da Guarda assegurou que a instituição continuará a fazer o seu trabalho de prospeção no mercado internacional para preencher a nova oferta formativa que tem criado nos últimos anos.

- 05 out, 2022