Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Até um dia… Voltar

Na passada semana recebi uma notícia que me chocou profundamente. Um amigo em comum deu-me uma notícia que foi um autêntico murro no estômago. Disse- me que tinhas partido e de uma forma inesperada e quase inexplicável. Fostes das primeiras pessoas que conheci na Covilhã em 2008, partilhámos três anos de curso, com convívios, viagem e muitas conversas. Depois os destinos voltaram-se a cruzar e trabalhaste mais de dois anos como jornalista no Fórum, onde destes tudo de ti, numa época de dificuldades. Recordo-te com saudade, mas também tenho na memória a alegria de certos momentos. A vida foi injusta contigo, ela por vezes e infelizmente, também leva os bons prematuramente. Ficam as memórias, os convívios e o companheirismo. A partir de hoje sei que lá em cima há mais alguém a olhar por nós.

Falo do Fábio colega de curso, amigo e companheiro, mas falo também do Homem que trabalhou no Jornal Fórum, e que incansavelmente nos ajudou a alcançar muitos objetivos. Lembro-me da cobertura das eleições autárquicas de 2013, onde durante mais de 48 horas não nos deitámos a preparar a edição, e quando eu te disse para ires descansar, tu respondeste “um serrano só se deita quando o trabalho está feito, e bem feito”. Nunca te recusaste a nenhuma tarefa, eras tu próprio que te oferecias para fazer determinadas coisas, e desempenhavas o teu papel de forma exemplar.

Fizeste parte desta Casa e vais continuar a fazer, escreveste na história de cerca de 150 edições deste Semanário, e essa história jamais se apagará, pelo contrário. Lembraremos sempre o teu exemplo, a tua determinação e o teu profissionalismo. Uma semana antes de partires, falávamos de ti e do teu profissionalismo, e a opinião era unanime, foste sem sombras de dúvida do melhor que por aqui passou: sério, honesto, trabalhador, muitas vezes calado, é verdade, mas Amigo do Amigo, e sempre pronto ajudar.

Neste momento de dor resta-nos recordar-te. Lembrar as aventuras que passaste connosco, embora com a dor de que pelo menos aqui nunca mais as voltaremos a repetir. Mas acredito que um dia estaremos juntos novamente, e vamos dar o abraço que ficou por dar.

Até um dia! Jamais serás esquecido!

- 26 jul, 2022