Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

O Encontro Voltar

- Estás linda?

- Eu, linda? Como te atreves?

- Não é uma questão de atrevimento, é uma questão de gosto. E, posso saber o teu nome?

- Luciana. E tu?

- Luciana… Parece-me vir de luz. Talvez o latim o justifique. O meu é Augusto.

- Augusto! Afinal, o teu nome soa-me a vitória, embora tenha que o relacionar também com esforço, luta, empreendimento…

- Bem, quer dizer que estamos mais próximos do que poderíamos imaginar. E, realmente, o teu olhar …. Até parece que já o tinha encontrado, Luciana!

- O quê? Encontraste o meu olhar? Que é isso? O que podem significar as tuas palavras? Não me venhas com dê já vu!

- Não direi tanto amiga, mas que te sinto próxima, isso é verdade! É como se o meu coração tivesse algo a ver contigo, pois ao chegares, saltou de contentamento, como se a tua luz me levasse à vitória!

- Se formos por aí, Augusto, eu senti o mesmo. Quando me chamaste linda, toda eu estremeci por dentro, como se estivesse completamente ligada a ti. Algo inexplicável me fez sentir como que um calafrio… Bem, um calafrio não será bem o termo, porque uma onda de contentamento percorreu todo o meu ser. O meu ser físico e espiritual… sei lá, psíquico… enfim, no mais profundo de mim, houve perfeito regozijo.

- Luciana, ternas palavras que acabaste de proferir. Também elas me fizeram agora aumentar essa onda de ternura, de forte paixão, posso mesmo dizer! O meu coração parece já teu! Todo o meu ser explode em alegrias plenas, num desejo de te abraçar, de te completar…

- Maravilha de amor o nosso que por não nos conhecermos, mais forte se tornou, MEU AMOR.

E, num diálogo mudo mas absoluto, Luciana e Augusto se completaram…

 

Teresa Reis Professora

- 22 mai, 2022