Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Assembleia Municipal da Covilhã: João Casteleiro “Conseguimos estabelecer um clima de diálogo, aberto e plural” Voltar

Porque se candidata à Assembleia Municipal da Covilhã?

A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do concelho. Candidato-me por considerar ser uma honra poder fazer parte deste órgão que é a verdadeira casa da democracia, onde os eleitos exercem o seu direito de falar abertamente e sem medos, e por considerar que nestes últimos anos conseguimos, todos os membros sem exceção, estabelecer um clima de diálogo, aberto e plural, discutindo e decidindo os destinos e orientações do Município da Covilhã. Candidato-me porque esta é a «minha terra», a cidade onde voluntariamente regressei para exercer a minha profissão junto das pessoas de quem mais gosto - os meus conterrâneos, «As gentes do Interior e da Serra» - que sabemos, sempre tão abandonados pelos decisores políticos e tão longe dos centros do poder da capital. Tive oportunidade de o dizer ao Primeiro-Ministro nesta sua última visita à Covilhã. Tive também oportunidade de lhe dizer, que as maiores assimetrias do país não são entre Norte, Centro e Sul, mas entre Litoral Atlântico e Interior fronteiriço. Também disse a António Costa que «o Interior não é necessariamente um sinal de fatalidade, pois sabemos que a maior cidade Ibérica – Madrid – é no interior mais profundo da nossa Península», tendo o Primeiro-Ministro aproveitado estas minhas palavras para ele próprio fazer essa referência de esperança para todos os que o ouviram. É por isto também que me candidato, para ser uma voz a juntar às vozes que com justiça exigem o respeito e a dignidade pelo Interior, na tentativa de contrariar o despovoamento. Para isso faço parte de uma grande equipa (Câmara, Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia) que continua a semear a esperança e a confiança aos covilhanenses num futuro melhor para os filhos desta terra que nos cativa e une.

 

Que modelo de funcionamento que idealiza para a Assembleia Municipal da Covilhã?

A Assembleia Municipal já tem o modelo de funcionamento definido por lei. Poderá haver em função da vontade de todo o órgão algumas alterações no modo de funcionamento a nível do Regimento, mas que não alteram o essencial. Todos podemos ser idealistas e acharmos que podemos fazer ou moldar o mundo sozinhos, mas somos simplesmente circunstanciais, ninguém é eterno. Por isso, o que idealizo é a união de vontades e participação criativa, daí que tudo o que se faça ou altere na Assembleia Municipal nunca será trabalho de um homem só, nem mesmo uma tarefa acabada, mas antes um objetivo contínuo de muitos, sempre democraticamente aceite por todos. Como disse Fernando Paulouro na peça «O Foral da Covilhã», representado pelo G.I.C.C. – Teatro das Beiras: “Quem ergueu as muralhas e os muros da Cidade?” “Quem fez funcionar as máquinas e as fábricas da Covilhã?” “Foram os Operários”. E é este trabalho de conjunto que nos impulsiona para um futuro de esperança realista. Continuo a dizer: “É mais o que nos une do que aquilo que nos divide”.

- 24 set, 2021