Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Desafios constantes Voltar

Portugal tem tido um bom ritmo de vacinação, e sabemos já que um em cada três portugueses já tem a vacinação completa e que mais de 50 por cento da população levou uma dose da vacina contra a covid-19. No entanto, nesta pandemia, continuamos a enfrentar desafios, agora relacionado com a variante Delta ou indiana. Esta variante mostra-nos que, apesar de terem sido administradas mais de 8 milhões e meio de vacinas, não podemos ainda aligeirar e descurar os cuidados sanitários. Contudo há que reafirmar que a vacina confere uma proteção indispensável para as pessoas vacinadas e também para os demais. Não podemos permitir que se gerem desconfianças infundadas e descabidas que põem em risco a saúde dos próprios e dos demais. Todos reconhecemos a importância de toda a população dos lares estar vacinada, conseguindo diminuir em muito o risco e mortalidade causada por esta doença nas instituições residenciais, por exemplo. Num olhar para outro tema, em que Portugal superou claramente o desafio. Refiro me ao mandato da Presidência Portuguesa da EU, cujos objetivos foram globalmente alcançados, em tempos difíceis e instáveis. Tanto no que se refere à pandemia como à recuperação da economia, Portugal conseguiu avançamos positivos, que foram bem realçados pela Teresa de Sousa num dos seus artigos imperdíveis. A Cimeira Social que se realizou no Porto assinalou compromissos em temas como o emprego, as qualificações e o combate à pobreza. A que ainda se somaram o reforço das conversações com outro gigante mundial, a India, a par da conhecida China. Portugal foi o primeiro País a entregar o Plano de Recuperação e Resiliência e viu já ser aprovado o mesmo, pelo Conselho Europeu, o que também é um bom sinal, para a necessidade da sua eficaz implementação. Mas esta presidência portuguesa, teve também uma vertente assumida pelo parlamento português que organizou debates e várias iniciativas com temas atuais e pertinentes. Tive o gosto de participar em duas iniciativas, uma na Assembleia da República, sobre a Europa da Saúde e outra numa organização com a SPMS acerca da Saúde Digital no âmbito do grande evento internacional, dedicado à HealthSummit. Estas vitórias são relevantes para a Europa e também para Portugal, apesar de ser um pequeno país tem uma diplomacia de excelência que já nos deu muitas vitórias. Recorde-se que a presidência portuguesa sucedeu à alemã, tendo conseguido avançar com alguns dos dossiers. Em termos internacionais tivemos ainda o gosto de ter António Guterres de novo reeleito Secretario Geral das Nações Unidas, o que nos orgulha duplamente, enquanto portugueses e enquanto beirões. Esperamos, que neste mandato, com um novo contexto internacional proporcionado pela mudança de governo nos EUA, se alcancem mais sucessos numa missão sempre muito complexa e difícil. Sabemos que é a pessoa certa para este lugar e que fará todos os esforços, para contribuir para a Paz no mundo e apoiar os povos. Em termos desportivos não tivemos sucesso no europeu do futebol, a que “não sobreviveu” nenhuma das equipas que integravam, o chamado “grupo da morte”. Relevante é a continuação da descida das portagens, que no dia 1 de junho avançou para um novo patamar de descontos em resultado da aprovação do último Orçamento de Estado, com a diminuição destes importantes custos de contexto, sobre as famílias e empresas. Recorde-se que já tinha sido instituído no início do ano outros descontos, definidos pelo Governo liderado por António Costa. Imprescindível é a capacidade de disponibilizar os meios financeiros para a recuperação que a bazuca corporiza, impulsionando sectores e áreas críticas que permitam recuperar a economia e a sociedade e reforçar aspetos críticos para atingirmos novos patamares de eficiência, por exemplo na área da saúde. Temos de estar preparados, porque sabemos já, que as alterações climáticas, e outras alterações farão surgir novas pandemias e vírus. A incerteza não

- 14 jul, 2021
- Hortense Martins