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A Televisão e as suas “diferentes metamorfoses” são apresentadas em livr Voltar

A obra é o resultado da terceira edição da conferência «Televisão e Novos Meios», que teve lugar na Faculdade de Artes e Letras da UBI. A lista de autores e colaboradores dos vários textos e artigos é extensa e, para isso, Sónia de Sá, investigadora do LabCom, explica “convidámos os autores oradores do evento para deixar a sua reflexão por escrito” e “recebemos textos propostos” por alunos e investigadores da UBI. O ponto de partida do estudo é tentar perceber “as reconfigurações da televisão e as suas extensões para os vários meios. Será que elas derivam daquilo que é a alteração tecnológica ou da forma como o publico consome conteúdos televisivos?”, levanta a docente. Sobre o estado atual da televisão, a investigadora assume não ter “a certeza absoluta para dizer que a televisão está a morrer”. O que acontece é que a televisão dos anos 80, que “nos fazia sentar no sofá e despender a nossa atenção apenas para aquilo”, atualmente já “não existe”. Apenas “um publico mais velho continua a utilizar a televisão como companhia”, explica. A única certeza que a organizadora da obra afirma ter é que “a televisão que temos hoje é transformada e acredito que ela se continuará a transformar e a passar pelas suas diferentes metamorfoses, muito motivada pelo avanço permanente da tecnologia”. O índice do livro apresenta uma grande variedade de temas, como a televisão, plataformas streaming, redes sociais, design, séries de televisão, cinema, jornalismo e várias questões sociais, como a desigualdade de género, o feminismo, a violência doméstica, o racismo e a comunidade LGBTQ+. Sonia de Sá identifica-se como “feminista”, sublinhando "eu defendo muito ativamente os direitos das mulheres e combato publicamente ataques aos grupos de minorias em Portugal”. Por esta razão, “fico muito feliz por poder abordar esta área. Esperemos que ela continue a crescer e seja motivo de discussão nos vários domínios”. O trabalho apresentado é “um livro académico que respeita as normas científicas”, por isso, “esperamos que seja consultado por colegas da área da Comunicação e estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento”. O objetivo é que “estas questões sejam debatidas em seio académico”, contribuindo assim para a literacia mediática. Por ser um livro de acesso gratuito, espera-se também que “seja uma obra consultada por um publico menos especializado, mas que pretende conhecer um pouco mais” sobre as temáticas abordadas. A docente da UBI aproveitou para agradecer “às muitas pessoas que contribuíram para a escrita dos artigos” e que colaboraram “para a qualidade científica” apresentada na obra.