Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Brasões da Covilhã: Francisco Joaquim da Silva Campos Melo, Visconde da Coriscada Voltar

Forma: Escudo esquartelado; no primeiro e quarto quartéis as armas dos Silva; no segundo as armas dos Campos; no terceiro as armas do Melo.

Timbre: dos Silva, um leão rampante, púrpura e armado de azul.

Coroa: de Visconde

Data de atribuição: Alvará de 01 de junho de 1871.

 

Francisco Joaquim da Silva Campos Melo, nasceu na Covilhã, na freguesia de São Pedro, em 5 de janeiro de 1824. Era filho de Francisco António da Silva e de Ana de Campos. Trocou os estudos clássicos pela carreira do comércio e juntamente com o seu irmão José Maria da Silva Campos Melo, fundou a firma “Campos Melo & Irmão”. Era fidalgo da casa real e por decreto de 14 de setembro de 1870 e carta do dia 21 do mesmo mês, foi-lhe atribuído o título de Visconde da Coriscada em sua Vida. Na carta da atribuição do título de visconde surge a seguinte justificação “…querendo conferir-lhe público testemunho da régia consideração e do apreço que tenho a favor da sua exemplar caridade e dos benefícios e sentimentos que o animam em auxílio dos desvalidos, recorrendo com valiosos donativos para a instituição do Asylo de Infância Desvalida da Vila da Covilhã, hei por bem fazer-lhe mercê do título de visconde…”.

Na sequência do título, requereu brasão de armas, o qual lhe foi atribuído por alvará régio, em 01 de junho de 1871, na qual era mencionado que, em alternativa à coroa de visconde, poderia usar elmo de prata lisa, decorado de ouro lavrado; virol de prata e púrpura, em conjunto com o timbre, um leão rampante púrpura e armado de azul, como acima descrito.

Na Covilhã, desenvolveu outras obras de solidariedade social, destacando-se o apoio às escolas primárias e à Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, onde foi Provedor em1959/60, à qual deixou em testamento 1.500$000 réis em ações do Banco da Covilhã.

  1. Luís I, haveria ainda de lhe fazer mercê do título de conselheiro real, por decreto de 18 de setembro de 1873. Em 1874, foi presidente da câmara municipal da Covilhã.

Viria a falecer em 12 de maio, de 1876, sendo a oração fúnebre da autoria de um outro conhecido covilhanense, o prior D. Manuel de Albuquerque que a publicaria no ano seguinte.

- 15 jun, 2021
- Carlos Madaleno