Ministro da Cultura pede mais investimento na visita à Covilhã
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O orçamento para a cultura, em 2023, vai ter um aumento de 23% em relação a este ano. Um crescimento que o ministro da tutela gostaria que fosse acompanhado pelas autarquias locais e pelos privados. Pedro Adão e Silva falava, esta manhã, na Covilhã, onde inaugurou o novo museu e presidiu ao encerramento da semana criativa da cidade.
Um “feliz convite”, disse Pedro Adão e Silva, que sublinhou a importância dos dois acontecimentos para a Covilhã, “porque uma cidade renova-se e ganha com isso.” O governante falou do efeito multiplicador da descentralização, também ao nível cultural, e disse que o Estado investe tanto na Cultura como o conjunto das autarquias de todo o país.
No final, questionado pela comunicação social sobre o tema, Pedro Adão e Silva considerou que quer o Estado, quer os municípios “têm de investir mais”, mas recordou que o Estado já está a dar passos nesse sentido.
“O orçamento para a cultura cresceu 23% para 2023, em comparação ao de 2022. O Estado está a fazer esse esforço.”
Um esforço que o governante gostaria que fosse acompanhando pelos municípios e pelos privados.
O que eu gostava era que, no momento em que o Estado tem uma aposta muito significativa no programa orçamental da cultura, isso fosse acompanhado pelas autarquias locais e pelos privados.”
O governante também gostaria que os privados, nomeadamente através do mecenato, “se envolvessem mais na política cultural em Portugal, nas suas diversas dimensões.”
O Ministro da Cultura falava na inauguração do Museu da Covilhã. Considerado Museu do ano 2022, abriu ao público no dia 3 de agosto de 2021 e, desde então, já foi visitado por mais de 8 mil pessoas, de 26 nacionalidades.
A data da inauguração coincidiu com o encerramento da Semana Criativa, desenhada para celebrar um ano de reconhecimento da Covilhã como cidade criativa da Unesco, na área do design.
“A Covilhã já era cidade criativa antes de o ser, trabalhamos a lã há 800 anos”. Frisou o presidente da Câmara Municipal. Uma história que é contada no Museu da Covilhã, “um museu de território que pretende ser polinucleado", isto é, que pretende suscitar a adesão de quem o visita para outros locais do concelho e da região.
O autarca destacou ainda algumas das características do espaço, “um museu inclusivo, acessível na abordagem, na linguagem e nos suportes, rico em multiplicidade e diversidade de experiências, dirigido aos mais diferentes tipos de público.”
O encerramento da primeira semana criativa da Covilhã, que coincidiu com o primeiro aniversário da Covilhã como cidade criativa da Unesco, na área do design, foi a data escolhida pela câmara municipal para inaugurar, oficialmente, o museu que conta a história da Covilhã até aos dias de hoje.