Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

“Proponho-me a renovar, fortalecer e mobilizar o PS na Covilhã” Voltar

Quais as razões da Candidatura à Comissão Política Concelhia do PS/Covilhã?

Assumi e aceitei o desafio de avançar com a candidatura para presidente da Comissão Politica do Partido Socialista da Covilhã, depois de ser desafiado por vários militantes, alguns deles com elevadas responsabilidades dirigentes no Partido, e por sentir que posso contribuir positivamente com o meu trabalho, o meu conhecimento e a minha experiência, para conduzir o Partido Socialista nos desafios que tem pela frente.

 

Quais os principais objetivos a que se propõe para este mandato?

 Renovar, fortalecer e mobilizar o Partido Socialista, na Covilhã, para a construção do futuro. Desde 2013 que o Partido Socialista se tem mostrado unido, forte e credível ao ponto de conseguir não apenas apresentar um projeto político de transformação de todo o Concelho da Covilhã, mas Também reunir nas suas listas os melhores candidatos. Esta estratégia tem permitido as sucessivas vitórias eleitorais, tanto a nível local como a nível nacional. Considero que, neste momento, os principais desafios são a renovação, o fortalecimento e a mobilização do Partido. Para isso pretendo dinamizar as estruturas, promovendo uma renovação serena, aumentando a participação dos jovens e conjugando-a com o contributo dos mais experientes. Tenho também como objetivo fazer crescer o número de militantes e promover a sua formação política e o seu envolvimento, bem assim a participação na discussão e reflexão política e estratégica do Concelho que queremos. Pretendo abrir, ainda mais, o Partido à sociedade, promovendo o debate e o compromisso cívico de independentes na discussão e na reflexão sobre o futuro da Covilhã. Entendo também que deve começar desde já a discussão e a construção de um programa político, com propostas que reflitam as prioridades e as preocupações coletivas, de modo a corresponder à dimensão e à história do PS e da Covilhã, assumindo tudo o que foi feito, e bem feito, mas buscando também dar um novo impulso às políticas de desenvolvimento de todo o Concelho. Tudo isto, reforçando a intervenção política que apoie, de forma ativa, a maioria socialista no governo da Covilhã e do país.

 

Que mensagens tem recebido dos Militantes do partido?

Têm sido mensagens simpáticas e generosas, de militantes, de simpatizantes e até de pessoas fora da área política do Partido Socialista. Manifestando-me, na sua esmagadora maioria, apoio, ânimo e força para esta tarefa, que não é fácil - e expressando esperança num trabalho consequente, positivo e com impacto concreto no futuro do PS e da Covilhã. Tem sido uma agradável surpresa a quantidade e diversidade dos apoios recebidos, os quais constituem para mim um estímulo e uma enorme responsabilidade. Tudo farei para não os desapontar.

 

Que balanço faz dos mandatos autárquicos do seu partido no concelho da Covilhã?

Faço um balanço positivo e, nisso, creio ser acompanhado pela maioria dos covilhanenses. Olho, por exemplo, para os resultados eleitorais do Partido Socialista nas últimas eleições autárquicas, ainda não há um ano, e, posteriormente, para os resultados do concelho da Covilhã nas recentes legislativas do início deste ano. Vendo isto, creio que os covilhanenses concordam que o Partido Socialista, pese embora todas as insuficiências e eventuais falhas, é o Partido que tem tido a capacidade de fazer o que é preciso fazer para melhorar a qualidade de vida das nossas populações e colocar a Covilhã num patamar de respeito, influência e liderança regional que hoje nos é reconhecido por todos, desde logo pelos investidores. É preciso sempre falar verdade. Veja-se: basta olhar para o relacionamento institucional com os nossos vizinhos e com as instituições do Estado, bem como para os investimentos privados que nos últimos anos têm sido realizados na Covilhã, para percebermos e concluirmos que a Covilhã é, hoje, uma cidade de grande fulgor e de pujança económica e social, assumindo, de forma natural, sem arrogância nem sobranceria, a responsabilidade natural de, juntamente com a UBI, ser o principal motor de desenvolvimento e de atração da nossa região. O nosso trabalho é ainda mais notado quando nos lembramos que, em 2013, herdámos uma autarquia cheia de dívidas, sem dinheiro, sem os meios humanos e materiais para dar resposta às necessidades básicas do dia-a-dia, e praticamente isolada de todos os parceiros locais e regionais. Desde aí para cá, para além da inegável recuperação financeira da autarquia, foi e tem sido feito um extraordinário trabalho de credibilização e de colaboração com todas as entidades e instituições, e desenvolvido uma estratégia de desenvolvimento inclusiva que nos capacita para que, atualmente, sejamos dos destinos mais procurados por investidores privados, nomeadamente no âmbito da reabilitação urbana, da indústria, do turismo, dos serviços e das novas tecnologias. Certamente que é fácil perceber que estes empresários não investem por acaso, e não investem em Municípios que estejam estagnados ou sem estratégia de desenvolvimento atrativa, como, sem fundamento, muitas vezes acusa a oposição.

 

Acha que os apoios do Governo pós-Covid, às famílias e às empresas têm sido suficientes, por exemplo, para um concelho como a Covilhã que se situa no Interior de Portugal?

 A dimensão do impacto económico e social da pandemia que vivemos é de tal maneira grande, que, parece-me evidente, nunca haveria recursos suficientes para fazer face aos prejuízos causados. Apesar disso, sei que tanto o Governo como as autarquias e as diferentes instituições estiveram na linha da frente desse duro combate, fazendo muitas vezes mais do que era a sua estrita competência e obrigação, pelo simples facto de que era preciso dar resposta, protegermo-nos e cuidarmos uns aos outros, incentivando também cada um fazer o que estivesse ao seu alcance, com os meios de que dispunha. Apesar de todas as insuficiências e desacertos, creio que o balanço é positivo e devemos estar orgulhosos da forma como, coletivamente, conseguimos ultrapassar esta tragédia da nossa época, para a qual ninguém no mundo estava preparado. Obviamente que, em termos coletivos, tal como ao nível individual, todos queremos sempre mais e, olhando retrospetivamente, é sempre possível apontar falhas, coisas de deveriam ter sido feitas, o que a posteriori é fácil. Mas a governação - muito menos em pandemia - não vem com um receituário ou uma fórmula matemática que indique com certeza aos decisores quais as medidas que devem ser tomadas para se obter resultados otimizados e isentos de falhas. É preciso ter coragem para agir e também humildade para aprender com os erros.

 

Este mandato começa este ano e termina em 2024, em vésperas de eleições. O que vai já fazer para preparar o ato eleitoral autárquico de 2025, onde o atual Presidente não se pode voltar a recandidatar?

 Como já disse, proponho-me renovar, fortalecer e mobilizar o Partido para o preparar para os combates eleitorais do horizonte. A garantia que quero deixar aos covilhanenses é a de que o Partido Socialista assumirá a sua responsabilidade histórica e procurará mobilizar os melhores, dentro da sua área partidária e política, a fim de pensarmos o futuro e construirmos o desenvolvimento da nossa terra e do nosso concelho. Quero apresentar as propostas políticas que melhor assegurem o nosso futuro coletivo. Assumo também a responsabilidade de preparar um Partido atrativo e aberto, que não só mobilize a participação ativa dos seus militantes, mas que vá para fora de si, que vá ao encontro de todos os Covilhanenses, ouvindo-os e integrando-os no projeto coletivo do PS para a Covilhã.

 

 

Que objetivos presentes e futuros acha que a Covilhã tem que alcançar?

 A Covilhã, como todos os territórios, à exceção das grandes áreas urbanas do litoral, tem em primeiro lugar os grandes desafios da baixa demográfica e da coesão territorial. Temos de ser inventivos o suficiente de modo a inverter o despovoamento e a quebra demográfica, e temos de ser capazes de nos mobilizar para melhorar a qualidade de vida das nossas populações e de nos posicionar para dar respostas aos grandes desafios do século XXI: alterações climáticas, coesão social e territorial, digitalização da economia, “glocalização”, que é um novo conceito de uma espécie de ‘globalização local’, vetor que a pandemia veio acentuar. Tudo isto preservando os maiores tesouros e riquezas de que dispomos: em primeiro lugar as pessoas, e depois potenciar o nosso património imaterial, a nossa cultura, as nossas tradições e as nossas comunidades (por ex., as aldeias) e o nosso património natural, nomeadamente a Serra da Estrela, e biodiversidade das suas maravilhosas paisagens. Qualquer estratégia deve conduzir a uma maior capacitação da Covilhã para dar respostas às necessidades das pessoas concretas, porque, se assim for, garantidamente, estamos a dar respostas também às necessidades da economia e das empresas. A Covilhã, pela sua história, pela sua dimensão, pela sua posição geográfica e, sobretudo, pela sua comunidade, será sempre um referencial de desenvolvimento incontornável no interior de Portugal e na Península Ibérica.

Que mensagem quer deixar aos Militantes do seu partido e aos covilhanenses?

 Aos militantes: quero dizer-lhes que este é o momento, este é o tempo para arregaçarmos as mangas e assumirmos todas as nossas responsabilidades para com a nossa comunidade. Conto com todos. Aos covilhanenses: quero assegurar-lhes que iremos defender sempre, de forma intransigente e em primeiro lugar, os interesses coletivos da Covilhã, qualquer que seja o fórum, e garantir-lhes que, com a sua ajuda, iremos debater e apresentar as melhores propostas políticas e escolher os melhores protagonistas para representar e defender a Covilhã.

Faremos o que está ao nosso alcance para que os covilhanenses possam encontrar no PS o partido que responde às suas aspirações.

- 01 out, 2022