Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

“Portugal parte para este novo ciclo numa posição que nos deve dar confiança” Voltar

“Portugal parte para este novo ciclo numa posição que nos deve dar confiança. Nas previsões que a Comissão Europeia tem para o crescimento económico, neste ano, o País da União Europeia que mais irá crescer é Portugal. Significa que conseguimos preservar a nossa capacidade produtiva, de atrair investimento, de manter emprego, de melhorar o rendimento e, por isso, a nossa economia vai crescer de modo sólido este ano”, começou por dizer o primeiro-ministro, António Costa, no encerramento da cerimónia de assinatura do Acordo de Parceria Portugal 2030, entre o Governo português e a Comissão Europeia, que teve lugar no Fundão, Castelo Branco.

Com a instalação dos cabos submarinos, “somos o ponto de maior conetividade da Europa com o resto do mundo e o mais atrativo para a instalação da fileira relacionada com a Data Science, que são os investimentos da economia do futuro”, continuou o primeiro-ministro, acrescentando ainda que “temos estabilidade política, somos o quarto país mais pacífico e seguro do mundo, e estamos numa condição financeira sustentável. Com estes fundamentais sólidos, nas qualificações, naquilo que é a nossa capacidade de transição digital e energética, e da qualificação dos recursos humanos, temos boas condições de encarar o futuro”.

António Costa explicou que o novo quadro comunitário de apoio permitiu que o país disponha, neste ciclo de programação, que se estende até 2030, “do maior volume de recursos financeiros disponibilizados pela União Europeia que alguma vez tivemos. Somando a verba do PRR com os 23 mil milhões de euros do PT2030, temos um aumento de 76% relativamente às verbas europeias que nos foram disponibilizadas nos sete anos anteriores”.

O primeiro-ministro definiu entre os principais objetivos do Portugal 2030, que envolverá 23 mil milhões de euros, retirar 765 mil pessoas do risco de pobreza e fazer com as que as exportações atinjam 53% do PIB.

Com a execução do novo quadro comunitário de apoio, António Costa identificou como desígnio «um país mais competitivo externamente e mais coeso internamente».

“Temos um objetivo muito ambicioso, mas fundamental para combater as desigualdades e promover uma sociedade mais inclusiva: retirar da pobreza 765 mil pessoas até 2030. É um objetivo concreto e que tem a ver com a vida das pessoas», destacou o primeiro-ministro.

Outros objetivos do Portugal 2030, de acordo com António Costa, passam por alocar 3% do Produto Interno Bruto (PIB) à investigação e desenvolvimento, “dois terços de investimento privado e um terço de investimento público”.

No domínio climático, com a conclusão do Portugal 2030, o primeiro-ministro disse que Portugal deverá reduzir até 2030 em 55% as emissões. E já em 2026 passar de 60% para 80% a eletricidade consumida com base em energias renováveis. “Ao nível da União Europeia, Portugal é o País mais bem posicionado para atingir a neutralidade carbónica em 2050”, afirmou.

No plano económico, “o objetivo é chegarmos ao final da década com 53% do PIB representado pelo valor das exportações, o que significa conquistar mais mercados, aumentar as produções e possuir bens e serviços com maior valor acrescentado”, completou António Costa.

- 21 jul, 2022