Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Tudo é uma questão de política Voltar

A Política segundo Aristóteles, é um meio para alcançar a felicidade dos cidadãos e para que isso se torne numa realidade, o governo deve ser justo e as leis devem ser obedecidas e estamos a falar de um filósofo Grego muito importante, que andou por estas bandas entre (384 – 322 a.C.) mas segundo parece, já nesta altura, tudo era muito quimérico e fantasioso.

Avançando um bom bocado, até ao século XIX, momento onde se presenciava a consolidação do mundo industrializado, aparecia Max Weber, um sociólogo, jurista e economista alemão, com a definição, de que a política era nada mais, nada menos, que a aspiração para chegar ao poder dentro do mesmo Estado, e entre distintos grupos de homens e sim, é esta a lógica, eu diria mesmo, a paixão cada vez mais latente nos políticos, que nos desgovernam.

Dizem alguns, que o sistema em que vivemos, ou seja a democracia, não passa de um conceito incompleto e inseguro e são muitos os fatores, que estão a tornar este sistema cada vez mais vetusto e obsoleto e os mais marcantes são a globalização, a crise dos partidos políticos, o terrorismo, a imigração, a corrupção, o déficit ambiental, tudo isto gera um esvaziamento da democracia enquanto forma de poder, embora seja a Constituição, que irá definir a democracia de cada estado, mas na maior parte das vezes, não conseguimos concluir, se as democracias são de qualidade ou mesmo se são de facto boas democracias.

Esta coisa da origem das palavras é sinceramente interessante, pois democracia na sua origem significa: “governo do povo” ou “do poder do povo”, e tudo isto é mera utopia, pois o poder do povo traduz-se num voto, que elege um governo para governar, que se governa a ele próprio, desgovernando o povo sem dó nem piedade, que legitimamente o elegeu e em tudo isto, parece existir essa tal ausência de nexo a que chamamos paradoxo, mas é a realidade de algumas democracias.

A política precisa de políticos, que não sejam políticos, precisa de transparência, precisa de pessoas que respeitem as pessoas, que não sejam meros bobos da corte, que resolvam problemas e não os acumulem, que simplifiquem e não compliquem e que quando abraçam os cargos para que são destacados, dignifiquem esses mesmos cargos.

Sustentamos uma elite política há demasiado tempo, não podemos continuar a pagar subvenções vitalícias milionárias, quando temos reformados com reformas miseráveis e os políticos com processos em tribunais, deveriam perder esse direito de imediato, tal como o secretário-geral das Nações Unidas, que recebe uma subvenção de mais ou menos quatro mil euros, juntamente com o seu ordenado e que não deve ser tão pouco como isso, mas o povo é sereno e os políticos agradecem estas ricas benesses.

O político tem o dever de aplicar a melhor política, para influenciar a maneira como qualquer sociedade é governada e não influenciar a maneira de retirar maior partido, para seu proveito próprio.

Definir política não é nada fácil, mas ela precisa urgentemente, de novas organizações e para resolver problemas e necessidades da sociedade, necessita de análises feitas racional e sentimentalmente, para que se possa agir com um plano impactante, junto das populações e só assim a Política, poderá ser respeitada e ocupar o seu lugar com destaque na sociedade.

Brindemos a novos políticos, com novas políticas e que sejam politicamente corretos, para que a Política seja aplicada com equidade e responsabilidade e que os oportunistas, fiquem cada vez mais armazenados na prateleira, para que todos possamos encarar a política com mais seriedade e também porque ela está presente em todas as situações da nossa vida, porque tudo é uma questão de Política.

- 01 jul, 2022