Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Reformados reivindicam aumento real das reformas e salários Voltar

A Inter-Reformados de Castelo Branco realizou uma ação pública na Covilhã para reivindicar o aumento real das reformas e salários, inserido no Dia da Luta dos Reformados

Para a organização, “a emergência social em que vivemos exige que as pensões sejam aumentadas, o aumento verificado em janeiro, já de si pouco, foi sugado pela inflação. O imaginável aumento dos preços que se verifica nos bens de primeira necessidade é outra razão para esta exigência” e adiantam que “o enorme aumento do custo de vida tem reflexo no pão, no peixe, na carne, nos legumes, no gás e combustíveis, entre tantos outros exemplos”. A Inter-Reformados dá o exemplo da “atualização das reformas e pensões entre 0.24% e 1%, que não só confirmam a análise que fizemos de que são muito insuficientes como conduzem a uma nova perda do poder de compra. Lembrar que a pensão média em 2019 (458 euros) e em 2020 (468 euros) ficou sempre abaixo do limiar da pobreza, 463 euros em 2019 e 475 euros em 2020”.

A ação teve início com uma reunião da Direção Distrital de Reformados e das Direções das associações de reformados do Tortosendo, da Covilhã e de Unhais da Serra, sendo que posteriormente deslocaram-se à Praça do Município, com intervenções da Inter-Reformados, das Direções da Associação de Reformados da Covilhã, do Tortosendo e de Unhais da Serra e do Coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Sérgio Santos.

Sérgio Santos refere que “não é justo nem aceitável que quem trabalhou ou trabalha e descontou para a segurança social, esteja agora reformado numa situação de pobreza ou dependência. A USCB, a Inter-Reformados e a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) exigem um aumento extraordinário de 20 euros em todas as pensões de velhice e invalidez atribuídas pelo sistema de Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações de modo a permitir a reposição do poder de compra dos pensionistas, aposentados e reformados”, disse. É também reivindicado pelo coordenador da USCB uma “valorização mais justa de todas as pensões, um aumento extraordinário do salário mínimo nacional fixado nos 800 euros a partir de 1 de junho de 2022 e o aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros”.

“Nós lá estaremos na Assembleia da República, com uma concentração nacional para exigir que ainda seja incluído no Orçamento de Estado todas as nossas reivindicações”, conclui.

Foi ainda apresentada uma moção exigindo mais condições, aprovada por unanimidade, que será enviada para a ministra do Trabalhado e da Segurança Social e aos deputados da Assembleia da República.

- 19 mai, 2022