Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Município apresenta Relatório de Gestão e Atividades 2021 Voltar

Na última reunião privada da Câmara Municipal da Covilhã foi apresentado o Relatório de Gestão e Atividades 2021 do município.

O município da Covilhã apresentou as contas de Gerência de 2021 com um grau de execução de 86%. Trata-se da maior taxa de execução registada pela autarquia neste século.

Para o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, “esta é a resposta a todos os que apregoaram que o orçamento para 2021 estava empolado. Acresce ainda que a presente taxa só não apresenta um valor mais elevado devido aos atrasos na execução dos fundos comunitários do Portugal 2020”.

Quanto ao passivo, o executivo garantiu uma redução superior a 4,4 milhões de euros em 2021, ficando atualmente cifrado em 42,1 milhões.

Acompanhando a evolução dos números, em 2020 o passivo exigível era de cerca de 32,1 milhões de euros, registando no final de 2021 um valor de 27,2 milhões, ou seja, trata-se de uma redução do passivo exigível de 4,9 milhões.

O município da Covilhã apresenta uma liquidez positiva, ou seja, tem “disponibilidade para suportar as suas obrigações de curto prazo”. Um rácio a realçar é “o prazo médio de pagamento isto porque o município da Covilhã tem conseguido liquidar as suas obrigações num prazo bastante reduzido”.

Segundo Vítor Pereira este relatório foi realizado “de acordo com o novo sistema contabilístico”, que veio “normalizar a contabilidade pública, tornando-a cada vez mais transparente, rigorosa e precisa”.

“O relatório tem a ver com o resultado líquido do exercício que é negativo”, explica o presidente da autarquia. “Este resultado que parece negativo é «artificial» porque com a entrada em vigor do novo sistema contabilístico houve alterações que fez com que tivéssemos que incorporar em termos de apreciações e amortizações ao longo dos últimos 20 anos porque maior parte delas são de 2001”.

Pedro Farromba, vereador eleito pelo CDS-PP/PSD, aponta que “continuamos com estradas por fazer, as nossas coletividades continuam com verbas por receber, as Juntas de Freguesia continuam a reivindicar apoios, um dos pavilhões municipais «mete água», obras tão necessárias para o futuro como a barragem não estão feitas nem sequer iniciadas, não temos solo para instalação de empresas e aquilo que existia foi transformado em loteamentos para habitação”. “Percebemos que existem pessoas na cidade a passar dificuldades, a precisarem de mais intervenções, as famílias veem um futuro para os seus filhos apenas fora do nosso concelho, a habitação social não está toda devidamente arranjada, o turismo e a sua promoção não são uma realidade, o espaço publico não é cuidado e o preço da água está como ainda está, mas também os Orçamentos Participativos não foram pagos. Deixa-nos um «amargo na boca» sobre a gestão municipal do último ano”, refere a oposição.

Em resposta à oposição, Vítor Pereira afirma que “as obras falam por si”, revelando ainda que “o município está de boa saúde e recomenda-se”. O edil covilhanense refere as obras e feitos realizados pelo município como “as resoluções feitas nas escolas de todo o concelho, a requalificação da rede viária, a obra em mãos de Cantar Galo – Vila do Carvalho, estamos a lançar a requalificação da Avenida Frei Heitor Pinto entre o Jardim Público e o Polo Ernesto Cruz, fizemos a entrada pelo lado nascente junto da Peraboa, na ligação entre os concelhos de Belmonte e Fundão, entre outras”. Vítor Pereira expõe ainda trabalhos realizados pelo município ao nível do turismo e cultura.

Sobre o Relatório de Gestão e Atividades 2021 do município da Covilhã, a oposição deu voto de abstenção.

 

Parkubis e Icovi com “resultado negativo”

As empresas Parkubis e Icovi apresentaram um resultado negativo de 300 mil euros. Para Vítor Pereira a justificação é “fácil de explicar e compreender”. “O Parkubis regista um recorde de empresas a incubar e a desenvolver-se, com criação de centenas de postos de trabalho e investimento. A divida tem de se pagar e convém não esquecer que tem uma dívida pesadíssima e que todos os anos lá estão cerca de 200 mil euros para se pagar. Por outro lado, os parques de ciências e tecnologia não visam a obtenção de lucro, mas sim o apoio e desenvolvimento e criação de empresas”, explica.

Relativamente à ICOVI, o presidente do município da Covilhã esclarece que “a empresa não aumentou a venda de água no período de pandemia e houve uma redução de consumo, logo há um volume menos acentuado de venda”.

A oposição considera que o parque de ciência e tecnologia “morreu”, com resultado negativo. O vereador Pedro Farromba aponta que “o Parkubis se transformou num espaço de aluguer de escritório”. Quanto à ICOVI, o vereador menciona que “é uma empresa que pelo segundo ano consecutivo dá prejuízo” e apela “substituição do conselho de administração”.

- 09 mai, 2022