Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Centro Europeu de Competências para a Economia Social será na Guarda Voltar

O memorando de entendimento para a criação de um Centro Protocolar de Formação Profissional para a Economia Social, na Guarda, foi assinado na transata semana. Este projeto envolve o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e o Centro de Estudos Ibéricos (CEI).

Este é o primeiro passo para a instalação, na Guarda, do Centro Europeu de Competências para a Economia Social. Trata-se de um centro de competências específico para o setor social, financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência, para definir currículos e programas de formação a implementar na rede de formação profissional.

O protocolo foi assinado pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, em representação da Direção do CEI, que deliberou por unanimidade a adesão do Centro a esta nova parceria.

O princípio subjacente à criação deste Centro é o estabelecimento de parcerias com entidades de referência nacional e europeias por forma a gerar sinergias que favoreçam uma resposta mais adequada às exigências das pessoas e das organizações e partilhando o conhecimento especializado em determinadas áreas de atividade.

A atividade do CEI enquanto plataforma de diálogo, encontro de culturas e centro de transferência de conhecimentos e a sua aposta constante na valorização da aprendizagem, da formação e da investigação, permitiram o estatuto de fundador deste Centro de Competências.

Trata-se de um novo desafio para a associação transfronteiriça sem fins lucrativos que congrega a Câmara Municipal da Guarda e três instituições de Ensino Superior: a Universidade de Coimbra, a Universidade de Salamanca e o Instituto Politécnico da Guarda, e que tem assumido o Conhecimento, a Cultura e a Cooperação como pilares estruturantes da sua missão.

“O objetivo neste âmbito é o reforço da cooperação e intercâmbios científicos, aliando a investigação à ação para responder às necessidades nacionais e europeias, desbravando novos caminhos e competências na área da Economia Social. Será desde a Guarda que a qualificação das pessoas e das instituições será cada vez mais uma realidade contribuindo para a coesão dos territórios, também na área social”, refere a nota de imprensa.

Presente na assinatura memorando de entendimento, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, destacou a importância deste projeto.“Nós temos procurado, em conjunto, responder à emergência e à urgência, mas também responder e acelerar o investimento estrutural e social. Ganhámos todos uma legitimidade acrescida para investir socialmente nas fragilidades que temos e acelerar o investimento social para responder aos enorme desafios que temos como País. A economia social é a nossa área de intervenção na sociedade em que o capital são as pessoas”, afirmou.

A ministra destacou também o “papel determinante da economia social na resposta à pandemia” e os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência e no Programa PT2030.

“A economia social emprega mais de 6% das pessoas em Portugal e representa mais de 3% do Valor Acrescentado Bruto da economia portuguesa. Estamos aqui a falar de uma transversalidade que é um motor determinante nesta recuperação e no que deve ser o momento de viragem do ponto de vista de mobilização social para construirmos uma nova ordem para o bem. Acredito muito na economia social, em que o valor das pessoas está em primeiro lugar”, bem como os valores “da cooperação, da democracia, da solidariedade e da igualdade”, disse ainda.

- 20 jan, 2022