A abstenção que prejudica a Democracia
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O último ato eleitoral autárquico voltou a mostrar-nos uma realidade assustadora, que se refere às elevadas taxas de abstenção, sobretudo com incidência nas faixas etárias mais jovens. Mas esta é uma verdade que tem anos e ato eleitoral após ato eleitoral muito se reflete e fala desta situação, mas não se tomam medidas, e a política continua a cair no descrédito, principalmente entre os mais jovens. O que há a fazer? O que pode o Poder Central e Local fazer? Principalmente dar credibilidade à política, tal como lhe conferir a nobreza que ela tem, sem interesses e compadrios e depois sensibilizar as pessoas a exercerem o seu direito de voto, como um dever cívico que nunca deve ser colocado de lado.
Temos que nos consciencializar que existem países nomeadamente em África em que o direito ao voto é vetado, simplesmente não existe e se noutros casos existe, é limitado. Tal como temos que nos consciencializar que noutros países do Médio Oriente as Mulheres não têm direito ao voto, ou seja, aqui esse problema não existe e a maioria da população simplesmente não o exerce. Como podemos reivindicar se não votamos? Falamos no café junto dos amigos? Falamos levemente dos temas em grupo e em amena cavaqueira? Não pode ser, temos que refletir sobre esta situação e pensar que a abstenção beneficia as Ditaduras e coloca a Democracia doente, enferma da vontade daqueles que simplesmente não querem saber do futuro da sociedade. Não podemos ter uma Democracia refém, pelo contrário, ela tem de ser viva e solidária e para que isso aconteça é necessário contribuir ativamente para a mesma.
Sempre fui defensor de uma Democracia Participada e debatida, por isso todos temos que trabalhar ativamente para a aperfeiçoarmos e reforçarmos os laços da mesma com a sociedade.