Ir para o terreno para resolver os problemas
Voltar
A perda de população no Interior do país tem sido um problema que se tem agravado ao longo do tempo. Os últimos Censos mostram bem esta realidade e que vinca o facto de os jovens saírem cada vez mais cedo das suas terras para o Litoral e para o estrangeiro.
Temos a população cada vez mais envelhecida, quebras brutais na natalidade e cada vez menos jovens a fixarem-se por aqui. É um problema transversal a todo o Interior do país.
Para isto contribuem diversos fatores, tais como a diminuição dos serviços públicos, com enfoque para a saúde, educação e justiça. Mas também a falta de oportunidades de emprego e incentivos às empresas. A isto juntam-se outra panóplia de fatores que agudizam a problemática.
Por vezes vemos algumas medidas avulsas serem implementadas, como incentivos à natalidade, mas na verdade nada resolvem quando o problema é estrutural e as soluções têm que vir do Governo Central. Aliás o Plano de Resiliência deveria centrar-se mais nas questões sociais e das Pessoas que em obras e outro género de investimentos. Estamos a sair de uma pandemia que gerou pobreza, desemprego e diminuiu os rendimentos das famílias, o dinheiro que venha a fundo perdido (ou quase) teria de grande parte dele ser canalizado para a Comunidade, para as Pessoas e empresas que sofreram com toda esta situação e que muitas delas perderam o seu «ganha-pão».
Não podemos ignorar estas situações e mascará-las com números e estatísticas baseadas sabe-se lá bem em quê. Temos é que olhar para a realidade e para o que se está a passar no nosso país, nomeadamente nas zonas mais Interiores e pensar que sem medidas estruturais e dinheiro a injetar nas economias não conseguimos resolver os problemas.
Por isso peguemos não só nos números, mas também na realidade. Interessa ir para o terreno, verificar in loco e tomar medidas e decisões que passem do papel. De preferência!