Apotecário: Viajar em segurança e com saúde
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De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o turismo mundial atingiu valores recorde nos últimos anos. Quer seja por lazer, por motivos profissionais ou missões humanitárias, viajamos para os mais diversos locais do planeta, contactando com novos ambientes e expondo-nos a novos agentes transmissores de doenças, climas e altitudes distintas. Estes riscos podem ser minimizados agindo de forma preventiva, através do acesso a informação sobre precauções a ter antes, durante e após a viagem. Um estudo, efetuado num aeroporto dos EUA a viajantes internacionais, constatou que apenas menos de metade tinha recebido uma consulta de saúde pré-viagem.
O ano de 2020 ficou marcado por uma grande reviravolta no setor das viagens devido à pandemia pelo novo Coronavírus. O sector sofreu uma perda de quase 4,5 biliões de euros e a sua contribuição para o PIB mundial caiu cerca de 49,1%.
A consulta do viajante destina-se a prepará-lo para os potenciais problemas de saúde que poderão surgir e deverá ser realizada 4 a 6 semanas antes da partida, pois é o período ideal para que ocorra uma boa resposta imune no caso de haver necessidade de administrar vacinas. Um dos aspetos fundamentais no pré-viagem prende-se com a avaliação do estado fisiopatológico do viajante, constituindo ainda, uma excelente oportunidade para avaliar a situação vacinal do indivíduo e colocar as vacinas de rotina em dia. Apesar de ser particularmente importante em grupos de risco (imunodeprimidos, grávidas e mulheres a amamentar, doentes crónicos, crianças e idosos) não deve ser desconsiderada pelos demais.
De forma a prevenir doenças transmitidas por alimentos contaminados, o viajante deve conhecer algumas medidas a adotar durante a viagem. Não ingerir alimentos crus ou mal cozinhados, assim como água canalizada (optando por água engarrafada devidamente selada) é fundamental para evitar alguns dissabores.
As preocupações agora existentes no contexto de pandemia afetaram e continuam a afetar, inevitavelmente, as viagens. A responsabilidade individual é uma das maiores armas no combate à SARS-CoV-2 e, assim, ninguém deve facilitar no cumprimento das medidas de etiqueta respiratória, proteção individual e vacinação. A opção por um seguro de viagem deverá ser considerada em determinadas situações e após o regresso, de acordo com a OMS, os viajantes devem vigiar a existência de sintomas durante 14 dias, seguindo as indicações da Direção Geral de Saúde.
As Farmácias Holon da Covilhã e Fundão, em parceria com as outras autoridades locais, trabalham diariamente com o foco na promoção da saúde e bem-estar da população. Nas nossas farmácias estamos disponíveis para esclarecimento de dúvidas sobre planeamento de viagens através do Serviço de Aconselhamento ao Viajante Holon.
Boas férias, em segurança e com saúde!
João Vale, farmacêutico