Câmara da Guarda pede intervenção do Presidente da República para colocação de médicos
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O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, teceu duras críticas a diferentes entidades e responsáveis, designadamente à ULS da Guarda, pela falta de médicos que se verifica neste concelho. O autarca salienta que está em causa “não só o regular funcionamento das instituições”, como o “Princípio da Igualdade e o Direito à Saúde, consagrado na Constituição da República Portuguesa”.
Carlos Chaves Monteiro solicitou a intervenção “urgente” do Presidente da República, no sentido de se reforçar a aposta na Saúde, na região, após a colocação de apenas sete novos médicos na Unidade Local de Saúde (ULS).
“Como presidente da Câmara Municipal da Guarda e perante a perpetração do interesse público que esta cidade tem sido constantemente alvo por parte do Governo, venho, mui humilde, mas assertivamente, solicitar a urgente intervenção de Vossa Excelência e o exercício da magistratura presidencial neste que é um assunto de grave emergência para a República”, afirma, na missiva enviada a Marcelo Rebelo de Sousa.
Carlos Chaves Monteiro classificou a situação como uma “flagrante desconsideração do Governo à Guarda” e uma “tentativa de aniquilação dos já deficitários serviços de saúde existentes na capital de distrito”. O autarca fala em “diferenciação e discriminação” negativas e deixou críticas a diferentes entidades e responsáveis, designadamente à ULS da Guarda.
“Esta ofensiva à Guarda e aos guardenses é também perpetrada e acentuada pela negligência e pela atuação do conselho de administração da ULS da Guarda e pela ineptidão de uma Secretaria de Estado aqui sediada, que, por ironia, tutela a Segurança Social e está na dependência de uma ministra com a pasta do Emprego”, afirma.
O autarca fecha a carta, reiterando o apelo para que Marcelo Rebelo de Sousa “se digne a intervir junto do Governo e que possa instá-lo a reverter a situação”.