Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

A Caminho das Autárquicas: O futuro somos todos nós Voltar

Vamos, em breve, ser chamados a decidir o nosso futuro coletivo.

Vamos, com o poder do nosso voto escolher qual a equipa que queremos, venha a liderar o nosso município nos próximos 4 anos.

Há duas opções possíveis.

De um lado o que temos visto nos últimos 8 anos, marasmo, inércia e total falta de empenho. Do outro lado ideias novas, projectos de futuro e uma equipa sólida.

De um lado a convicção de que é melhor não fazer ou apenas fazer quando se leem críticas nas redes sociais. Do outro lado provas dadas na gestão publica, experiência relevante na gestão privada, mas, e sobretudo, ideias, empenho e dinamismo.

A aprovação, há poucos dias, do plano de recuperação e resiliência pela União Europeia abre, aos territórios, nomeadamente aos do interior, uma nova e talvez última oportunidade para que consigam criar as condições de desenvolvimento necessárias para um futuro mais optimista e promissor. Só quem tiver ideias claras, planos bem definidos e estratégias seriamente delineadas, conseguirá aproveitar, na plenitude, os muitos milhões de euros que vão, já este ano, começar a chegar a Portugal.

Como todos reconhecemos, muito do que tem faltado à Covilhã nos últimos anos é uma estratégia, uma logica de intervenção publica, uma definição de rumo que nos permita saber aproveitar as oportunidades de financiamento que aí veem, mas mais do isso, nos permita estruturar no concelho um sentido de crescimento e de desenvolvimento concebido em torno das potencialidades endógenas do nosso território. Não podemos suportar mais anos de falta de visão, de perda de oportunidades e de desperdício de novas e importantes valências, publicas e privadas, que vemos a um ritmo assustador, serem desaproveitadas na Covilhã.

Foi por isso que definimos um modelo de desenvolvimento para os próximos 10 anos. Desde setembro de 2020, uma equipa de mais de duas dezenas de pessoas tem vindo a trabalhar na definição de uma estratégia municipal para todo o território do nosso concelho assente em quatro grandes pilares. A criação de emprego, o turismo, a acção social e a regeneração urbana onde se incluem áreas tão importantes como a cultura, o associativismo, a saúde, o ambiente, a recuperação do centro histórico (da cidade e das freguesias) e a fixação de pessoas. Será por aqui, em linha com o plano de resiliência, que devemos seguir e fazer o caminho que nos deverá levar, para já, à inversão da tendência de decrescimento de população e de emprego que temos sentido nos últimos anos.

Poderemos voltar a ambicionar oportunidades de emprego para os nossos jovens, apoio social para os mais desfavorecidos, saúde transversal a todo o concelho e sem hierarquização social, cultura e educação e claro, que possamos voltar a ter orgulho na nossa cidade e em todo o concelho.

A Covilhã é uma cidade de enormes possibilidades, temos que ser capazes de as aproveitar e de as conjugar com os parceiros privados e públicos, com as empresas, com o movimento associativo, com a nossa Universidade e com os parceiros sociais e ultrapassar este interregno de 8 anos que nos afastou do caminho do desenvolvimento.

Será, pois, por aqui que a Covilhã deverá escolher o seu destino, cada um de nós será chamado a construi-lo com um compromisso de futuro, juntando a todo o momento os melhores, para, juntos, fazermos mais e melhor pela Covilhã.

- 22 jun, 2021
- Pedro Farromba