EDITORIAL: Construir uma sociedade mais justa e solidária
Voltar
«A ajuda comunitária é agora essencial, complementando as medidas das autarquias locais e do Governo que são sempre insuficientes numa época tão exigente como a que atravessamos»
A retoma do país continua lenta, fruto de uma pandemia que não teima em nos deixar. Continuamos a «meio gás» e com problemas económicos e de emprego transversais a quase toda a Europa e que prejudicam a qualidade de vida das empresas e das famílias.
Neste retomar lento notamos que as carências aparecem cada vez mais, sejam elas alimentares, sociais ou até estruturais e que prejudicam o desenvolvimento de uma sociedade.
Sabemos que a pandemia ia acentuar os problemas sociais das pessoas e que teríamos de ser fortes e ter medidas impactantes para minimizar esses problemas, mas mais importante ainda que tudo isto, teremos sempre que ser mais fortes como sociedade, mais coesos, com mais interesses comuns do que pessoais, e sempre pensando também um pouco nos outros.
É, em simples coisas que podemos ajudar a mudar a sociedade e a resolver problemas, sermos mais sociedade na procura de soluções, sendo ainda mais «bairristas» e ajudando primeiro aqueles que estão junto de nós, na nossa terra, na nossa comunidade. A ajuda comunitária é agora essencial, complementando as medidas das autarquias locais e do Governo que são sempre insuficientes numa época tão exigente como a que atravessamos. Deveremos ter simples gestos como por exemplo, consumir na economia local, ajudar as instituições sociais da comunidade, dinamizar atividades que ajudem a que a pandemia tenha menos impacto, em suma, sermos voluntários na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Esta é ainda uma época para calar egoísmos, egocentrismos e ambições pessoais. Esta pandemia trouxe-nos um alerta para sermos mais Comunidade, de termos um espírito de solidariedade mais apurado, pensando no conjunto e não apenas numa parte. Se assim for conseguiremos ter outros resultados, e para alguma coisa esta pandemia há-de ter servido, nem que seja para nos tornar Pessoas melhores. Assim esperamos…
- 13 abr, 2021
- Vítor Aleixo