Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Ânia Pais, a covilhanense que faz parte da exposição na Presidência do Conselho de Ministros Voltar

ARTE. Artista covilhanense é aluna da FBAUL e tem apenas 20 anos, tendo sido uma das seleccionadas para expôr na Presidência do Conselho de Ministros e falou em exclusivo ao Fórum Covilhã sobre essa oportunidade

Ânia Pais, covilhanense de 20 anos e aluna da FBAUL em Lisboa, tem-se distinguido pelas várias exposições em que tem participado, tanto em Lisboa como também na Covilhã e no Teixoso. O concurso para o prémio SGPCM/FBAUL teve 50 candidaturas e foram seleccionados 16 alunos para participar no concurso e expor o seu trabalho na Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros.

Em declarações ao Jornal Fórum Covilhã, Ânia Pais refere que “a sensação de ficar entre os 16 alunos selecionados é muito boa”, porque “a faculdade está cheia de pessoas talentosas e trabalhadoras que põem tudo o que são naquilo que fazem e poder trabalhar num ambiente desses é incrível”, revelando-se orgulhosa do seu trabalho e elogiando esta que é uma “ótima iniciativa para apoiar os jovens artistas ainda sem carreira e que estão agora a traçar o seu caminho”. Em relação ao seu trabalho nesta exposição, entitulado de “Sombra”, a artista refere que não quer “impor um significado da obra a ninguém”, porque “a obra é como uma pessoa e nós não perguntamos às pessoas o que elas representam”, querendo que os espectadores possam “experienciar a obra não só psicologicamente como fisicamente”, sendo esse um dos motivos para a grande dimensão da mesma”. A sua “Sombra” é então “um encontro com nós mesmos, com questões relativas ao que é o ser, é uma pausa, um momento de reflexão sobre quem somos, porque somos e como somos, é uma interioridade exteriorizada”. Exatamente por isso este trabalho conjuga-se com todos os restantes, sendo que as suas obras surgem das suas “emoções, pensamentos e interesses que quer dar a conhecer ao outro”, embora o que dá a ver e o que cada um fará do que vê ser “semprediferente de pessoa para pessoa e ter um impacto diferente em cada um”.

Ânia Pais revelou ainda ter “bastantes projetos de instalações pensados que adoraria concretizar na Covilhã”, pois interessa-lhe “não ficar apenas pelos trabalhos expostos em galeria, mas também trabalhos em recintos públicos”.  Assim, a jovem artista covilhanense confirmou que só falta mesmo dar o passo de apresentar as suas propostas para saber se serão aceites, já que adoraria vê-las concretizadas.

 

 

- 16 jul, 2019
- Fernando Gil Teixeira