Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

Covilhanense Ânia Pais com várias exposições ao mesmo tempo Voltar

A artista plástica covilhanense e natural do Teixoso, Ânia Pais, está neste momento com obras expostas em três exposições diferentes, numa clara demonstração de apreço que o público tem tido pelo seu trabalho.

A primeira é uma exposição coletiva, “ Puro inóspito ou a transparência dos objetos corpóreos”, apresentada em Portalegre na Galeria de exposições temporárias que derivou de uma amostra de trabalhos realizados no âmbito de Tapeçaria, onde está presente uma instalação sua denominada Epifania, que consiste numa série de 5 pinturas, que segundo a autora "devem permitir uma nova transformação na interpretação do que se vê e como se vê, fazendo a obra imergir dos meus pensamentos, emoções e interioridade, resultado de uma reflexão e questionamento relativamente ao ser".

Ainda a decorrer até 26 de Fevereiro, tem outra exposição coletiva “Com(posto)”, a decorrer na Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Esta exposição conta com a participação e trabalho de artistas de vários países que participaram durante o verão na residência artística da Cultivamos Cultura, em S.Luís Odemira, sendo que a mesma já esteve este ano em exibição na própria residência da Cultivamos Cultura e na Biblioteca Municipal José Saramago em Odemira. Nesta, a artista tem presentes duas pinturas individuais e uma coletiva, a peça coletiva Refúgio, que tem a participação dos artistas Tiago Costa e Diana Aires. "A pintura surge aqui de uma vontade e inspiração de criar com e a partir da natureza, através dos seus ramos, troncos, folhas, plantas e pedras embebidos em tinta", explicou ao Fórum Covilhã Ânia Pais.

Inaugurou, por último, no dia 25 de Janeiro a exposição coletiva “Bruxa d’ Arruda”, na galeria municipal da Arruda dos Vinhos, na qual participa com uma instalação que se adapta ao espaço que é inserida, instalação essa denominada Delírio, que é uma proposta instalativa que, segundo a artista, "traz o espetador para o espaço da obra. Absorve-nos e imerge-nos em si mesma, uma enorme teia que nos prende e envolve. Uma experiência que possibilita o contacto não só mental, como físico. A obra que parece flutuar no espaço, que o ocupa e domina na totalidade, apresenta-se como uma alucinação".Nesta última irá ser entregue no final um Prémio de Artes a um dos participantes, sendo que os resultados serão conhecidos no dia 2 de Março. A artista está feliz com o trabalho que apresentou e confiante nas suas possibilidades, embora realce que só a participação a enche de orgulho.

Em relação ao futuro, Ânia Pais revela que "Muita coisa está ainda por vir", mas que neste momento também se tem aventurado no teatro onde estreou há 2 semanas a peça "Quem sou eu?", no seu grupo de teatro Artec da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com guião e encenação do reconhecido ator Marcantónio Del Carlo.

- 17 fev, 2020
- Fernando Gil Teixeira