Diretor: Vitor Aleixo
Ano: XI
Nº: 587

EDITORIAL: A Escrita como elo de ligação às populações Voltar

«Com Literatura e Cultura ganhamos podemos mais poder de decisão, mais opinião, debate e principalmente espírito crítico, não aceitando tudo o que nos é imposto e tendo a capacidade de apresentar críticas construtivas e propostas que possam alterar o rumo das coisas»

 

 

A sociedade e as comunidades vivem tempos diferentes e que fizeram com que tivéssemos de alterar hábitos e nos adaptar a novas formas de vida. Mas este novo tempo fez-me pensar que temos de encarar novos desafios e há duas situações que se têm descurado e que podem fazer com que as ideias e as mentalidades das comunidades se alterem para melhor. Falo da Literatura e da Cultura que o nosso país tanto tem descurado e que deveriam ser o esteio de um povo. Com Literatura e Cultura ganhamos podemos mais poder de decisão, mais opinião, debate e principalmente espírito crítico, não aceitando tudo o que nos é imposto e tendo a capacidade de apresentar críticas construtivas e propostas que possam alterar o rumo das coisas.

Começando pela Literatura, e no que concerne aos jornais, continuo a defender que a imprensa escrita continua a ser um dos grandes garantes da Democracia, desde que seja realizado com coerência e isenção. Temos assistido nos últimos anos a uma queda, em geral, no consumo de jornais e nas camadas mais jovens essa falta de leitura ainda mais se acentua, por isso todos nós devemos ser agentes responsáveis pelo aumento da leitura de jornais e revistas, para que a informação credível seja de acesso para todos. É premente fomentar a leitura nas escolas, nas associações e ainda junto das comunidades.

A Cultura é também um elemento fundamental e que deve ser de acesso para todos, daí também defendermos um financiamento adequado por parte do Poder Central à Cultura e também de incentivo à leitura. Um país Democrático tem que ter uma aposta forte e acentuada nestes dois vetores, não pode ser de outra forma, nunca podemos branquear nada às populações e o acesso a este género de áreas da sociedade tem de ter livre acesso.

Já escrevi várias vezes sobre esta temática, porque considero que devemos relevar e acentuar o debate público em situações que valem a pena, em assuntos que têm uma relevância extrema e que devem estar diariamente na mente das pessoas. Sou um defensor da liberdade de imprensa que é livre e sem rodeios e também de uma Cultura que seja para todos. Pena é que na nossa sociedade ainda nem sempre vigore esse sentimento, porque caros Leitores sem Cultura um país não desenvolve, não tem ideias próprias, nem consegue acompanhar o evoluir dos tempos.

 

 

- 06 out, 2020
- Vítor Aleixo